
Terminada a época da safra do atum, que acontece anualmente entre abril e outubro, é tempo de deitar mãos à obra e fazer as reparações necessárias às embarcações que durante meses enfrentaram as mais difíceis condições em alto mar, na árdua faina do patudo, voador e gaiado.
No estaleiro do Caniçal, encontram-se já varados alguns atuneiros para trabalhos de reparação, um ritual que os armadores não descuidam dadas as apertadas regras de segurança e a consciência de que um barco bem cuidado é meio caminho andado para o sucesso de toda uma operação, da qual dependem a vida e o sustento de centenas de famílias, sobretudo oriundas daquela localidade piscatória.
A revisão do casco das embarcações, o motor e o sistema elétrico costumam ser as áreas que exigem maior intervenção durante o período de doca seca.
A presença dos gigantes no estaleiro empresta à pacata vila um ar de “descanso do guerreiro”, antes de se retomar, no próximo ano, uma nova época de captura de tunídeos nos mares da Madeira e dos Açores.