Nelson Veríssimo, fora de São Bento, não vai atirar a toalha ao chão

No final da noite, os agradecimentos pelo trabalho no terreno. — No final da noite, os agradecimentos pelo trabalho no terreno, que garantiu o quarto lugar no panorama político partidário regional.

Os resultados não foram os esperados, mas Nelson Veríssimo não vai atirar a toalha ao chão. A garantia foi dada pelo próprio candidato do JPP, após saber-se que o partido não havia conseguido garantir o mandato à Assembleia da República.

“Este resultado não traz desânimo”, referiu o cabeça de lista. Pelo contrário, o facto de o JPP ser a quarta força mais votada na Região, apesar de recente, motiva a assumir novos desafios. “Estou aqui para trabalhar com o ‘Juntos pelo Povo’ e não vou atirar a toalha ao chão. Felizmente não sou político profissional. Amanhã retomarei o meu trabalho na Universidade da Madeira”.

Nelson Veríssimo apresentou-se na sede improvisada com a confiança de tarefa cumprida, sublinhando a satisfação por ter integrado o projeto JPP, verdadeiro estágio no contacto e no diagnóstico de problemas graves que ainda afligem as populações da Madeira e Porto Santo.

Numa primeira reação, o historiador e professor universitário afirmou que os resultados da noite não constituem uma derrota, sendo antes um incentivo a prosseguir o trabalho no terreno. Uma das linhas de atuação será reforçar a presença do partido ao nível nacional e garantir uma maior visibilidade junto da comunicação social.

O verde da esperança não foi suficiente para garantir um lugar em São Bento.

Nestas eleições legislativas nacionais, o ‘Juntos pelo Povo’ atingiu os 7 por cento dos votos na Região, constituindo-se a quarta força partidária mais votada à frente do CDS/PP, mas ultrapassado pelo Bloco de Esquerda. Terá sido este partido, através do fenómeno Catarina Martins, o responsável pela dispersão de votos e consequente perda de intenções para o JPP, que conseguiu agora um total de quase oito mil votos, muito aquém dos 13 mil de março último.

O JPP, partido nascido de um movimento de cidadãos de Gaula, concorreu agora pela primeira vez às eleições legislativas nacionais em 14 círculos do país. Uma candidatura arriscada, conforme reconheceu Filipe Sousa, o presidente do JPP, mas com a vantagem de dar visibilidade fora da Região. Também Élvio Sousa, o secretário geral, realçou o facto de estes resultados constituírem uma semente a germinar junto do eleitorado nacional, garantindo tratar-se de uma etapa importante na vida do JPP.

Recorde-se que o ‘Juntos pelo Povo’ saltou para a ribalta política em março último quando, nas eleições legislativas regionais, elegeu de uma assentada cinco deputados à Assembleia Legislativa Regional.

O círculo eleitoral da Madeira elege seis deputados a São Bento para os próximos quatro anos: três do PSD, dois do PS e um do Bloco de Esquerda.