
Os trabalhadores do Jornal da Madeira vivem momentos muito difíceis. Duas dezenas de profissionais, de todas as secções, estão a ser chamados pela administração, via gabinete jurídico, para rescindirem os seus contratos de trabalho por mútuo acordo. Um processo dramático para os profissionais e familiares, que se insere no plano de reestruturação do JM iniciado após a tomada de posse do novo Governo Regional.
Os jornalistas e demais funcionários deverão dar resposta até esta sexta feira: se rescindem ou se vão continuar no seu posto de trabalho, em litígio contra a entidade patronal. Não conseguindo alcançar a meta de rescindir os contratos dos 20 trabalhadores por mútuo acordo, tudo indica que o passo seguinte da empresa será o despedimento coletivo.
À indemnização legal, um salário por cada ano de antiguidade, está a ser proposta uma reduzida majoração no sentido de incentivar os trabalhadores a rescindirem amigavelmente com a empresa.
Antes desta leva, o JM já rescindiu com vários jornalistas mas está bem longe de atingir os patamares definidos pela administração que foi mandatada pelo Governo Regional para dar um novo rumo a este periódico.
Este processo continua a ser um flagelo que se repete em várias empresas da Madeira, também ao nível da comunicação social, sempre com os mesmos expedientes: proposta de acordo amigável para a saída ou despedimento coletivo. A Segurança Social passará a ser o “patrão” transitório destes muitos desempregados e as perspetivas de trabalho para a maioria são negras.
Além do processo negocial que corre nos recursos humanos, esdtá igualmente prevista a mudança do preço de capa a partir de setembro, de gratuito para 70 cêntimos.
Relativamente ao diretor, segundo informação do blogue Fénix do Atlântico, o jornalista Marsílio Aguiar poderá substituir Henrique Correia, em setembro. O FN apurou que a Diocese do Funchal não terá sido ainda ouvida nesta eventual mudança. Recorde-se que, à luz do pacto social, a Diocese tem competência para indicar o diretor.