Sofia Canha e Miguel Freitas filiam-se no PS/M que chama velha guarda ao ativo

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Sofia Canha e Miguel Freitas deixam de ser independentes para assumir a militância no PS/M. Fotos Jackeline Vieira.

O Congresso do PS/M encerrou em tons de verde, sem o líder nacional António Costa, mas a respirar um unanimismo em torno do Carlos Pereira. O líder sai reforçado neste XXVII Congresso Regional, chamando ao ativo figuras de proa que estavam na prateleira ou até mesmo de costas viradas para a então rua do Surdo, abrindo-se a novos militantes. É uma cartada de Carlos Pereira que aposta numa renovação com os mais velhos, a ver se o partido consegue galvanizar o eleitorado e recuperar dos últimos descalabros eleitorais.

Hoje, as novidades foram a filiação de Sofia Canha e de Miguel Freitas no PS/M, na sequência de uma aposta de Carlos Pereira. Sofia Canha é professora, foi coordenadora do Sindicato dos Professores da Madeira e é hoje deputada do PS na Assembleia Legislativa. Miguel Freitas foi vereador sem pelouro, no tempo do Carlos Pereira, na Câmara Municipal do Funchal e é presentemente gestor. Ambos preenchem agora o cartão de militantes do PS/M, após um curto período de independentes nas listas do PS.

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Arlindo, Loja e Caldeira de regresso ao partido que ajudaram a fundar.

Se uns deixam de lado a condição de independentes e investem na filiação, eis que outras caras bem conhecidas deste partido dão sinais de regressar ao ativo. Desde logo, Gil França, exdeputado pelo PS na Assembleia, nos tempos da liderança Mota Torres, entra em força sucedendo a Ricardo Freitas no principal órgão do partido, Conselho Regional, aprovado pelos congressistas com uma votaçao de 90%. Mas há outros nomes que marcaram presença ao lado de Carlos Pereira: Duarte Caldeira, Emanuel Jardim Fernandes, António Loja, Rita pestana, Arlindo Oliveira e Vítor Freitas.

A vinda do líder nacional, António Costa, foi cancelada devido à situação de saúde de Maria Barroso, cada vez mais agravada. Carlos César tem mostrado o apoio das estruturas nacionais ao acompanhar o congresso ontem e hoje. No seu discurso, não só expressou a solidariedade nacional do partido como se revelou convicto de que esta direção tem um projeto de trabalho vencedor.

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Carlos Pereira sai com a liderança legitimada e com mais força junto do partido.

Já Carlos Pereira fez saber que o partido vai concorrer a todos os círculos eleitorais nas autárquicas com o objetivo de marcar terreno e já está a gizar estratégias para os próximos embates eleitorais. Este economista assumiu a tarefa de ressuscitar o PS, partindo da reorganização interna. Conhece os dossiers que dominam a vida política e económica do país, mas, a exemplo de outros líderes considerados tecnicamente bem preparados, resta saber se tem carisma junto do povo, este sim que faz a diferença nas urnas. Por outro lado, resta ainda saber qual a estratégia de combate ao novo governo no poder que tem procurado esvaziar o papel da oposição com uma política de diálogo e de procurar concretizar alguns dos principais anseios dos madeirenses.

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O presidente nacional do PS, Carlos César, quis mostrar a solidariedade das estruturas nacionais com a nova liderança.

A Juventude Socialista também apresentou o seu projeto de trabalho através de Olavo Câmara. Uma aposta na captação de mais jovens para o partido e o trabalho colaborativo com a liderança Pereira que lhe dá agora outra visibilidade e apoio.

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Olavo Câmara defendeu os interesses da Juventude Socialista.

Bernardo Trindade marcou presença no Congresso e também expressou o seu apoio à nova direção socialista. O Ex-secretário de Estado do Turismo agradeceu o apoio da equipa ao longo das várias tarefas que tem assumido e acredita que o PS tem condições para encontrar um novo caminho na política regional.

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