Podemos falar de participação social quando os cidadãos não se limitam a ser espectadores do que se passa ao seu redor e antes disponibilizam-se para intervir na realidade social, na vida da Comunidade, procurando influenciar o quotidiano segundo as suas ideias, conceções e princípios.
O que nos pode estimular e fazer participar? Exercer a Cidadania no quadro da Democracia. Satisfazer necessidades particulares ou de grupo. Reivindicar direitos ou serviços para a Sociedade. Ser solidário com indivíduos e coletivos que têm dificuldades de integração social. Etc.
Assim, a participação converte-se numa ferramenta fundamental para conseguir esbater problemas e carências que existem na sociedade. Através dela, os indivíduos buscam respostas para as necessidades e interesses sociais, quer propondo soluções para problemas concretos, quer exercendo influência para serem encontradas as medidas apropriadas para esses problemas e carências.
Embora participar ou não dependa sempre de uma decisão pessoal, o que é importante é ser o indivíduo a refletir e decidir se existem situações pelas quais valha a pena envolver-se e empenhar-se, ser uma parte ativa da construção válida de soluções e não apenas um mero enumerador dos problemas.
Na edição do Expresso de 7 de Fevereiro, Henrique Monteiro escreveu: “Ser político deve ser uma honra. Deve ter por intento servir a comunidade o melhor que se sabe”. Este princípio pressupõe que qualquer cidadão ativo e responsável deve, no mínimo, assumir os seus direitos políticos e fazer parte, ser parte e intervir. Não se deve limitar a assistir, deve envolver-se colocando todo o seu saber ao serviço da comunidade.
Nos dias que correm na nossa Região, estamos perante uma nova realidade, exigente e complexa, que exige que cada um de nós abandone a sua zona de conforto e assuma protagonismo na busca das melhores soluções para a Comunidade. Essa postura é fundamental para que o Futuro que a todos pertence seja construído com soluções partilhadas, adequadas e credíveis.
Neste tempo novo é necessário criar uma nova agenda de participação e implicação social. Temos de encontrar respostas novas para novos problemas. Temos de pensar de forma diferente. Temos de criar uma nova forma de comunicar. Temos de acreditar que a renovação da nossa Região merece o nosso empenho coletivo.