Calado diz que o Funchal não vai limitar ou suspender o alojamento local

O rácio do Alojamento Local no Funchal face aos alojamentos disponíveis para habitação permanente não é o que a coligação refere, garantiu hoje Pedro Calado, na Reunião de Câmara e também nas declarações após a sua conclusão.

“Este rácio está completamente errado. Ou foi má interpretação ou escreveram mal ou, então, estão a falar de algo que desconhecem”, alegou o presidente da CMF, já que, “o rácio que existe é de 25% e não de 2,5% (como referiu a coligação Confiança na proposta que apresentou para travar o Alojamento Local, suspendendo as suas licenças). Ora, considerando esse rácio – os 25% – que é o valor que é utilizado como referência, só temos uma freguesia que está com o valor superior a 25%, que é a Sé, na baixa do Funchal”.

Assim sendo, todas as outras têm um rácio muito abaixo dos 25%, dado que se encontram, neste momento, com valores de 6%, 4% e até abaixo de 1%, “muito longe mesmo de atingir o tal rácio”, que é considerado limite, que são os 25% e não os 2,5%, o que que faz que não haja, de modo algum, seis freguesias do Funchal no limiar do que é aceitável como pretende a coligação Confiança, apontou.

Pedro Calado garante que o Funchal está muito longe do que é considerado uma situação difícil nesta matéria. Hoje em dia, no concelho, existem cerca de duas mi duzentas e setenta cinco mil licenças de Alojamento Local, isto num universo de mais de quarenta mil habitações permanentes para residência, o que significa que o rácio global do concelho  é entre 4,7% a 5%.

Embora haja uma predominância de Alojamento Local na baixa do Funchal – freguesia da Sé – o presidente da CMF nota que foi graças ao Alojamento Local que a reabilitação urbana avançou, permitindo a recuperação de imóveis, que está a trazer mais pessoas para o centro.

Conforme explicou, na Reunião de Câmara, “estamos com espaço de manobra para mantermos a actividade”, estando a autarquia a monitorizar a actividade com regularidade, não sendo ainda o momento de suspensões, até porque a CMF quer que se faça a recuperação patrimonial dos prédios devolutos ou degradados, sendo ainda o Alojamento Local uma actividade económica muito importante, inclusive turisticamente.