Estepilha: semana recheada de asneiras; no aeroporto, nem a “LOLA” nos acode…

foto LR (arquivo)
Rui Marote
Esta foi uma semana “louca” nos órgãos escritos da comunicação social madeirense. A semana que finalizou foi pródiga em asneiradas.
 1-  Alberto João foi conferencista convidado pela escola dos Louros: mas, para nosso espanto, na foto publicada no DN-Madeira, os alunos estavam todos com a face tapada para não serem identificados… Estepilha! Será que não houve engano e a conferência realizou-se no estabelecimento prisional da Cancela???
2- O presidente da Assembleia Regional, José Manuel Rodrigues, patrocina o JM no evento “grandes talentos” cuja final está agendada para Santana. Está presente mas com a finalidade de ser o entrevistador dos participantes em directo para a rádio JM.
O presidente-jornalista volta assim às “origens”… O que interessa é aparecer. Sempre a contabilizar… também no hemiciclo regional, durante uma visita de uma escola ao parlamento, a primeira figura da Região ostenta um cartaz  na sua frente: “Dr. José Manuel Rodrigues”.  o Estepilha não tem conhecimento de nenhum curso superior nem de que lhe tenha sido atribuido um honoris causa… Recordamos, a propósito, o antigo membro do governo Bazenga Marques, que quando alguém o intitulava de Dr., ficava furioso e fazia questão de em público ressalvar que não era licenciado mas sim bancário.
3- A temática mais badalada têm sido os ventos do Aeroporto: cada cabeça sua sentença. Todos escrevem e são peritos e conhecedores de aeronáutica e de meteorologia .O que nunca ninguém diz é que o aeroporto da Madeira é o único no mundo que cumpre obrigações para aterrar. Noutros  locais há somente  recomendações e os comandantes têm liberdade para decidir.
O Estepilha sabe que nos anos 90 um dircetor do aeroporto do Funchal resolveu sem ouvir ninguém, comprar aos Estados Unidos um sistema de nome LOLA.
Quando os técnicos americanos chegaram ao Funchal para instalar perguntaram onde iria ficar: a DGAC (Direcção Geral da Aviação Civil ) desconhecia essa compra…
Acontece que esse sistema de captação de ventos funciona em aeroportos com aproximação plana que não sejam sobre o mar, uma vez que deveriam ser instaladas umas antenas, o que era impossível na Madeira. Na altura tentou-se devolver o equipamento, o que os americanos não aceitaram. Até já tinham oferecido um carro…
Conclusão esse equipamento ficou nos serviços operacionais do aeroporto e não sabemos se ainda lá está para museu ou foi deitado fora…
Surgiram entretanto entrevistas para encher páginas sobre o Aeroporto, chamando ao comandante Timóteo Costa ex-piloto da TAP, coisa que nunca foi: Esteve ao serviço da Air Columbus e da Sata Internacional estando agora reformado a uma dezena de anos.
Hoje o dr. Miguel Sousa em declarações na TSF refere: “Como é que um avião se faz à pista – portanto está dentro dos limites de vento, senão  nem se podia fazer à pista – quase toca na pista e levanta novamente? Isto não é aceitável. Ou está dentro dos limites ou não está. E se está dentro dos limites, devia aterrar. Esta semana houve muitos aviões a borregar. Ou seja entraram todos com autorização, mas nem assim conseguiram aterrar. Isso dos limites é treta. Aliás, isso de aumentar os limites é o mesmo que aumentar o número de cagaços”.
Temos de concordar que o transtorno provocado pelos ventos que impede a operação no nosso aeroporto lesa muita gente. Temos que pensar que os limites impostos são determinados por gente conhecedora e que o fazem por questões de segurança pois em aeronáutica tem de prevalecer a segurança em primeiro lugar (safety first).
Vemos e ouvimos comentários a toda a hora de gente que devia estar calado quando não percebe nada do assunto e manda bocas que ainda deixa mais confusas as pessoas que sentindo-se transtornadas ficam mais revoltadas porque não pensam que essas limitações são para a sua segurança.
Quando um indivíduo ligado à aeronáutica comentou que o comandante da TAP não aterrou porque o vento estava apenas a um nó acima do limite, está a desconsiderar os seus colegas esquecendo que se houver um acidente as companhias de seguros esfregam as mãos de contentes e não assumem responsabilidade. Certamente que se as limitações de vento forem alteradas, e por isso provocarem um acidente, os que agora reclamam virão certamente criticar as alterações.
Em aeronáutica não se brinca e como reza a história não deve o sapateiro passar além da sua chinela.
Com as alterações climatéricas  cada vez mais o aeroporto está sujeito a ventos com mais frequência e quem deu a resposta mais acertada foi Miguel Albuquerque exclamando: “uu não tenho poderes para alterar os ventos!!!”
Resta-nos apelar aos deuses da mitologia grega” Éolo”. Estepilha:- Só falem do que sabem, já exortava Platão…