O MPT criticou Jorge Carvalho, secretário regional da Educação, por ter declarado que “Há um princípio que nos parece grave neste processo que é os alunos se recusarem a frequentar as aulas”, relativamente ao caso dos alunos de São Tomé na Escola Hoteleira da RAM.
2O MPT considera que é também na escola que se deve aprender a cidadania, que é coisa que faz falta à população e a políticos regionais. Cidadania é o exercício dos direitos e deveres civis, políticos e sociais estabelecidos na Constituição de um país, por parte dos seus respetivos cidadãos e está contemplada no artigo 26º da Constituição da República Portuguesa. Neste caso, um dos direitos dos cidadãos é a faculdade de exigir justiça e igualdade de tratamento. Se o habitante comum exercesse seus direitos (i.e., fosse cidadão), muito estaria melhor nesta terra: certas obras não seriam feitas, denúncias promoveriam a melhoria dos serviços, boas ideias seriam concretizadas, a corrupção diminuiria, os incompetentes seriam removidos dos tachos, etc… Mas a regra, nesta região, é comer e calar por receio de perseguições políticas. E nas palavras de Jorge Carvalho vê-se o respeito que os políticos têm pelas lutas dos cidadãos: “o lugar dos alunos é na escola”, critica o partido
“O MPT defende a cidadania activa… mas num ambiente sem perseguições políticas, em que a população tenha os seus olhos abertos e que não seja conivente com a injustiça. O MPT propõe-se a criar esse ambiente favorável à cidadania”, refere-se numa nota de imprensa.
“Dentro em pouco vamos para eleições, pelo que ver-se-á muitos políticos elogiar a cidadania e a defender a sua promoção… mas isso só são palavras. Em acções prejudicam a cidadania, pois esta obriga a mais um procedimento burocrático que fiscaliza a actividade pública e condiciona a implementação do livre arbítrio do governante”.