Segundo uma informação da Assembleia Legislativa da Madeira, a secretária regional da Inclusão Social e Cidadania garantiu hoje, na Comissão Especializada de Assuntos Sociais, que todos os trabalhadores do Lar da Bela Vista continuarão com vínculo à função pública e com os mesmos direitos. Tal faz parte do acordo de cedência de interesse público celebrado com a entidade vencedora do concurso e única candidata, Atalaia Living Care, informou.
“As condições que as pessoas têm hoje vão manter-se no futuro”, assegurou Rita Andrade na audição pedida pelo PS “Sobre a Gestão do Estabelecimento Bela Vista”.
O Governo Regional adianta pretender ainda ceder a gestão pública de outras estruturas residenciais para pessoas idosas (ERPI) a Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS). “O Lar da Bela Vista foi seleccionado como o primeiro para avançar para esta concessão”, adiantando, a governante, que o processo deve estar concluído até final do primeiro semestre deste ano.
“O processo que está a ser feito na nossa Região protege muito mais os trabalhadores. Depois de concluído, iremos avaliá-lo e planear os próximos passos para a concessão dos restantes lares”, referiu Rita Andrade.
O Lar Bela Vista tem 288 funcionários, e alguns deles assistiram à audição. Os mesmos podem optar pela continuidade na função pública e, caso não pretendam continuar a trabalhar no lar, podem pedir a mobilidade entre serviços públicos dentro da categoria de origem, diz o Governo.
A secretária regional de Inclusão Social e Cidadania declarou que, no acordo de cedência de interesse público, estão garantidos “a remuneração base e os suplementos que actualmente os funcionários auferem, nomeadamente o subsídio de turno”.
São também mantidos os pagamentos do trabalho suplementar, “nos termos actuais”, e do trabalho em feriados, “por acréscimo remuneratório ou por descanso compensatório”, bem como será realizada a “contagem na categoria de origem do tempo prestado em regime de cedência” (antiguidade).
“O trabalhador continua a ser avaliado para efeitos de progressão na sua carreira de origem, através de ponderação curricular ou por arrastamento de nota do biénio anterior, como manda a lei. Pode ainda optar pela manutenção do regime de proteção social de origem, ou seja, mantém, se quiser, os descontos para a ADSE e para a Caixa Geral de Aposentações”, explicou Rita Andrade.
As obras de recuperação do edifício do Lar Bela Vista foram interrompidas por causa da pandemia da COVID-19. A Secretária Regional da Inclusão Social e Cidadania adiantou que a recuperação do edifício pode ser feita através das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Neste momento, disse, “temos 82 camas desactivadas e quartos fechados, porque a obra está parada e houve incumprimento do contrato”, concluiu.