A CDU realizou ao longo da manhã de hoje uma acção política integrada na campanha “Pelo Direito à Cidade”, que decorre até o Dia da Cidade (21 de Agosto). No final desta iniciativa no Funchal, tendo passado pelo Bairro dos Frias, Bairro do Paiol e dos Arrifes, com conclusão no Largo da Saúde, Bairro dos Moinhos, na freguesia de São Pedro, a deputada municipal da CDU, Herlanda Amado, denunciou as “falsas promessas” em relação à recuperação dos Centros Históricos do Funchal e dos bairros que os integram.
“Na base de uma suposta reabilitação urbana, a CMF mentiu descaradamente às populações, prometendo o investimento de 71 milhões de euros para a reabilitação destas localidades da cidade do Funchal”, acusou.
“Os problemas relacionados com esgotos e saneamento básico não estão completamente resolvidos, dificultando ainda mais a vida de quem vive por exemplo na zona dos Moinhos, onde nos encontramos. Têm sido prometidos investimentos na reabilitação urbana na ordem dos 56 milhões por parte da Autarquia e outros 15 milhões por parte de privados. Mas, até agora, para além das promessas de milhões, pouco foi concretizado, aumentando a preocupação de quem aqui vive, visto que até as zonas atingidas pelos incêndios de 2016 continuam sem ter garantidas as condições de acesso em segurança dos bombeiros em caso de incêndio, ou um acesso que permita o socorro a algum morador caso precise de alguma ambulância, atendendo aos estreitos acessos em que têm que se movimentar. E o pior de tudo é que alguma da reabilitação urbanística teve por objectivo retirar destes lugares quem é daqui”, criticou.
Herlanda Amado classificou como “fraude” as governações PS e PSD à frente da CMF.
“Foi prometida “uma segunda vida” para estes bairros históricos; foram prometidas novas áreas comuns, como pequenos largos e jardins; foi prometida uma intervenção ao nível dos espaços públicos e dos acessos; foram prometidas soluções para garantir condições de acessibilidade àquelas zonas residenciais. Não passou de uma mentira!”, indigna-se a comunista.
“(…) Nós temos soluções e temo-las apresentado, mas é mais fácil para os executivos chumbarem as propostas e depois mais tarde, “reformularem” e apresentarem como suas. O veto de gaveta continua, mas a CDU continuará a apresentar propostas até que estas saiam das gavetas “mofadas” da Autarquia Funchalense”, concluiu.