
Continuam a “troca de galhardetes” entre Brício Araújo (PSD) e Filipe Sousa (JPP), edil de santa cruz. Numa comunicação aberta dirigida aos munícipes, mas também à comunicação social, diz o último que “a semana foi pródiga em disparates por parte daquela chamada Coligação Cumprir Santa Cruz, encabeçada pela equipa B, do Brício, da Bruna e do Bruno”.
“Primeiro quiseram esvaziar a função de um órgão democraticamente eleito como é a Assembleia Municipal, tentando implementar um modus operandi que consistia em nada dizerem na Assembleia e depois irem para casa escrever declarações de voto que não aconteceram, nem foram proferidas no lugar próprio, com isso desvirtuando a natureza democrática daquele órgão”, refere Filipe Sousa.
“Uma acta”, esclarece, “é um relato do que se passou na Assembleia e não uma ficção criada pelos deputados do PSD e do CDS depois de chagarem a casa. Ou seja, aquela gente queria verter em ata o que nunca proferiram no órgão para o qual foram eleitos. Desrespeitando e esvaziando a Assembleia, e evitando serem confrontados com as mentiras que proferem. No mundo ideal daquela gente, falavam sozinhos, diziam o que queriam e a acta era um relato falso do que realmente se teria passado numa Assembleia, que tem a grande virtude de ser um espaço de discussão e diálogo e não um pasto para monólogos domésticos”.
Filipe Sousa acusa: “O que queriam era no fundo fazer uma nova versão dos tempos em que o PSD foi poder nesta autarquia, durante os quais se produziu uma aberração democrática intitulada “acta do executivo permanente”, que basicamente era o resultado visível de reuniões em que o PSD reunia e decidia sozinho à revelia dos eleitos pelos restantes partidos. E depois esta gente ainda tem a lata de dizer que Santa Cruz perdeu democracia com o JPP. Agora que nada é decidido sem ser aprovado nos órgãos próprios, nem nada é contratado sem a devida transparência e respeito pela lei”.
“Mas, não satisfeitos, e na sua versão de democracia escrita com “B”, de Bruno, Bruna e Brício, ainda andaram nos dias seguintes a disparar em todas as direções, pela voz do Dr. Brício, que me apelidou de “pequeno espertalhufo”, esquecendo-se que o povo sabe que os homens não se medem aos palmos, nem se medem por falarem alto e grosso. Em Santa Cruz, a população sabe também que Democracia se escreve com “D” e não com “B”, por muitos espertos que se julguem os brunos, as brunas e os brícios deste mundo. A população já não vai em cantigas, nem em cenas de circo em plena Assembleia Municipal, e muito menos compra lições de democracia à moda do PSD e do CDS”, ataca Filope Sousa.
O edil santacruzense critica ainda, as declarações à comunicação social em que disse Brício Araújo: “Fazem o que querem em Santa Cruz”.
“Então naquela cabeça iríamos fazer o quê? Ser eleitos e fazer o que o PSD quer? Não, Dr. Brício, em Santa Cruz não fazemos o que queremos, fazemos o que o povo escolheu ao votar em nós. O contrário seria trair a vontade do povo, democraticamente expressa nas urnas”, insiste.
“(…) O PSD, de braço dado com o CDS, não ganhou uma única secção de voto, uma única freguesia. Querem que o povo seja mais claro? Dr. Brício, o povo chumbou o seu programa eleitoral e a sua ideia peregrina de ser um delegado do Governo Regional neste concelho. O povo quer quem o defenda e não quem defenda o Governo. O tal Governo do suposto sucesso na ilha com índices de pobreza mais elevados, o tal que acha natural as listas de espera, e ambulâncias retidas quatro horas nas urgências, o tal que critica o nosso programa de apoio às pequenas cirurgias”, fulmina Filipe Sousa.
“(…) Pior do que um “pequeno espertalhufo” é um falso espertalhão, um falso democrata, um engana-cristos, e um falso defensor de Santa Cruz”, dispara, a terminar.