O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, elogiou hoje o labor e empenho dos Vigilantes da Natureza. Foi nos Jardins da Madalenas, durante a cerimónia que assinalou o Dia do Vigilante da Natureza, que o governante considerou que “a Madeira, hoje, está na vanguarda da preservação da Natureza”. Ignorando polémicas como a da estrada das Ginjas, em plena Laurissilva, Albuquerque referiu que mais de 65% da área terreste da RAM “é área protegida e perto de 90% da área marítima tem estatuto de protecção».
Por outro lado, Albuquerque mencionou que o seu Executivo teve, há pouco tempo, “o arrojo de aumentar a área de reserva das Selvagens, para 2.667 quilómetros quadrados, ou seja, 27 vezes mais do que a área protegida anterior, tendo a Madeira, neste momento, e Portugal, a maior área de reserva atlântica da Europa”.
Segundo o líder madeirense, “é fundamental perceber-se que esta preservação, este exercício político de preservar o que nos foi legado, é um exercício de responsabilidade e de civilização”.
Voltou, por outro lado, a defender a necessidade de legar às novas gerações um mundo melhor do que aquele que recebemos. Só preservando os ecossistemas, disse, “poderemos ter uma melhor qualidade de vida” e legá-la às gerações que nos sucederam.
Por outro lado, dirigindo-se ao Comandante Operacional da Madeira, major-general piloto aviador António Temporão, presente na cerimónia, o presidente do Governo lembrou que o Corpo de Vigilantes tem, no seu quadro de competências e funções, a preservação e o resguardo de áreas de soberania nacional (Desertas e Selvagens).
Para ser um Vigilante da Natureza não basta ter uma carreira, é preciso ter uma vocação inata para o fazer, considerou. E, nesse sentido, reiterou ao Comandante Operacional que a Madeira, quer através do Corpo de Vigilantes da Natureza, quer através da Polícia Florestal, “exerce essas funções de forma dedicada e empenhada, sendo hoje a Madeira um paradigma, um exemplo a nível não só nacional como também europeu”.
Referiu ainda que os compromissos do seu Governo para com os Vigilantes da Natureza estão a ser integralmente cumpridos, referindo-se à nova carreira daquele Corpo.
O chefe do executivo considerou essencial que os homens e mulheres que efectuam aquele trabalho “tenham estímulos ao seu desempenho profissional e que sejam reconhecidos, no quadro legal, o seu esforço e a sua dedicação ao serviço da nossa comunidade”.
O presidente do Governo anunciou ainda que vão ser contratados mais 8 vigilantes, que se juntarão aos 35 já existentes.