PPM transmite preocupações dos professores e quer melhores condições para os mesmos

A candidatura do PPM reuniu-se hoje com a Associação Nacional de Professores (secção da Madeira), para auscultar as suas preocupações e propostas.
Entre os assuntos discutidos, esteve a situação de um professor que fica colocado num bairro problemático “e que no actual quadro de ensino, muitas vezes é agredido por alunos”. Para isto o PPM propõe “sensibilizar os pais, que a educação é feita no meio familiar e a escola é um complemento à educação”.  Propõe-se ainda o companhamento dos alunos problemáticos com a contratação de pelo menos um psicólogo por escola. Do encontro saiu também a informação da falta de professores nas áreas de Geografia, História e Filosofia, havendo um excedente de professores na área de Português, Matemática e Educação Física.
Para isto o PPM propõe “abrir cursos nas Universidades nestas áreas educativas” e proceder à reorganização dos quadros por zona, sendo os docentes colocados mais próximos das suas áreas de residência, não a mais de 50 Km das mesmas, “pois muitas vezes um professo é colocado a mais de 400 Km e estando este em início de carreira o seu salário é insuficiente para as despesas com alojamento, alimentação e gastos pessoais”.
O PPM quer também o descongelamento de carreira e salários, e o PPM entende que, se não for possível “trabalho de secretariado” para professores com mais de 60 anos, “diminuir o tempo de ensino do professor”.
Em convergência com a ANP, que pretende limitar os mandatos de director de escola a um máximo de 3 a 4 anos, o partido entende que estes responsáveis “deveriam ter mandatos como numa autarquia ou outro órgão qualquer e ir a votos entre o pessoal docente e não docente do estabelecimento de ensino”.
O PPM entende ainda que, ao fim de 3 anos de contrato de trabalho, os professores devem passar à condição de efectividade e consequente progressão de carreira.
Depois desta reunião com a ANP, o PPM Madeira diz-se preocupado também com o tele-ensino, que não está a ser feito da melhor forma: muitas vezes um professor tem que fazer vários quilómetros para poder ter rede de Internet, havendo mesmo muitos alunos que ainda estão privados deste meio.
O PPM aponta também para o desinvestimento que se tem vindo a verificar ao longo dos anos no ensino público essencialmente com falta de meios como os professores e alunos terem que pagar fotocópias, falta de equipamentos de TIC nas salas de aula, falta de giz e marcadores que os professores têm que comprar do seu salário.
 Muitas escolas nas zonas mais frias do País estão sem orçamento para aquecimento das salas de aula, o que em pleno séc. XXI é inadmissível, apontam os monárquicos.