Legislativas 2022: PPM “veio para ser alternativa”

O Funchal Noticias dá hoje início a uma série de entrevistas aos cabeças de lista pela Madeira às eleições Legislativas Nacionais de 30 de janeiro.

A primeira é com Paulo Brito, candidato do Partido Popular Monárquico (PPM).

FN: Com que objetivo o PPM concorre pelo círculo da Madeira?

PB: O PPM apresenta-se ao eleitorado Madeirense, sem qualquer coligação. Para nós estas eleições representam um passo importante, numa aposta clara no voto alternativo na Madeira. Um voto que represente a verdadeira vontade de melhorar, anseios e frustração espelhada na sociedade Madeirense e presente na casa de todos nós. O Madeirense há muito que anseia viver uma verdadeira Democracia, onde impere a transparência, a discussão, o respeito pelas diferentes opiniões e sobretudo, onde a Madeira surja na primeira prioridade dessas discussões nacionais, onde não seja prioritário o interesse de pessoas e partidos, que fazem deste paraíso sua “colónia” e de suas famílias. O PPM é o primeiro partido ecologista da Península Ibérica, e nunca poderá assistir sentado confortavelmente, ou à troca de algum benefício, àquilo que considera “criminoso”, à troca de uns trocados, transformar a Região num autêntico “caixote do lixo”. Não podemos assistir à criação de legislação, emanada da República, que vai aumentando o fosso entre os mais ricos e a classe média, assim como a classe média baixa, sem exigir fatores financeiros corretivos. Nunca poderemos esquecer a nossa condição de insulares, e a dupla Insularidade dos nossos da Ilha de Porto Santo. A Região foi uma máquina de criar ricos e pobres, mas sobretudo uma máquina de “domesticar” o povo, ao belo prazer de interesses económicos e políticos. Pois o PPM veio para ficar, veio para criar a clara diferença entre o correto e o incorreto, veio para ser alternativa. Que fique claro que não iremos desaparecer ou abandonar o nosso dever cívico, o povo Madeirense poderá contar connosco, para que, sem medo, e em local próprio o possamos defender.

FN: Quais as cinco principais medidas que merecem ser defendidas na Assembleia da República?

PB: Diria primeiramente que escolher cinco medidas dentro da imensidão dos assuntos primordiais da RAM, largados ou negociados a belo prazer do “punhal da República” é limitador, mas ficam aqui cinco importantes, e claramente só mais cinco: A coesão financeira e social na Região; Os transportes e a falta de incumprimento da República quanto ao Serviço Público neste setor, falo de aéreos e marítimos, assim como terrestres na Região; A diminuição do IVA, do preço dos combustíveis e das passagens aéreas (Madeira/Continente/Porto Santo/RA Açores), à semelhança do alcançado pela RA dos Açores, com o PPM no Governo; O acesso à saúde mais célere, mais eficaz, sem que a distância limite o Madeirense à sua Ilha, e sim ao País que também é o seu; A segurança é algo que preocupa os Madeirenses pois, o aumento da pobreza, da toxicodependência e da marginalização de pessoas, nada têm contribuído para isso. Urge não só ter planos e programas específicos para o combate aos flagelos, como munir as forças de segurança de meios e homens necessários, para que em cada casa desta Ilha viva uma família segura, para que possamos novamente passear a pé, de noite ou de dia, sem nos preocuparmos com a nossa segurança ou de nossa família, para que possamos evitar grades nas janelas, pois afinal de contas também somos Europeus. A República, teve uma amnésia perlongada quanto à segurança dos Madeirenses.

FN: Quem são os seis candidatos efetivos do PPM?

PB: O PPM apresenta-se a estas eleições, e por ordem decrescente com os seguintes candidatos: – Paulo Brito; – Carlos Rodrigues; -Debora Carvalho; -José Carvalho; -Roberto Sousa; -Cristina Brito

FN: Para ser eleito são precisos 14 a 15 mil votos. Com 16 forças políticas a concorrer que hipóteses tem o PPM?

PB: São precisos muitos votos para elegermos um Deputado para a Assembleia da República, e temos a plena consciência de que muitos já estarão comprometidos pelos interesses instalados há décadas na RA, e outros em lista de espera, para obter mais uma e outra regalia, para si ou para a família. Mas também sabemos que existem centenas de Madeirenses, descontentes, honestos, e que não fazem parte destes grupos “manietados pelo poder”. A estes honestos filhos desta terra, sonhadores de ouvir a sua voz representada e a ecoar em São Bento, apelamos que nos “emprestem o seu voto”, e nos retirem caso se desiludam com a nossa luta. Agora estamos focados nas Eleições Nacionais, mas outras virão, e a nossa luta, como já referi, veio para ficar. Seremos a voz importuna – eleitos ou não eleitos. Representaremos sempre os Madeirenses na República ou na Região. A grande hipótese que tem o PPM nestas eleições é dizer aos Madeirenses que poderão contar connosco para o futuro, cá ou na República. Assim foi feito o caminho dos nossos companheiros de luta, e de projeto, da RA dos Açores, que hoje têm um grupo parlamentar e pertencem ao Governo Regional dos Açores.