Os deputados municipais da Coligação “Cumprir Santa Cruz” votaram contra o Orçamento Municipal para 2022 e as Grandes Opções do Plano 2022-2026, um documento que a deputada municipal Bruna Gouveia assume que “nunca seria o orçamento a apresentar pela coligação para este concelho”.
“Este orçamento não corresponde ao que Santa Cruz mais precisa e, como tal, não merece a nossa aprovação. Temos outro projecto político, uma estratégia de crescimento e de desenvolvimento sustentável que asseguraria novas oportunidades e mais qualidade de vida para todos os munícipes”, declarou.
Bruna Gouveia refere, ainda, que, para além do mais, o “JPP esconde-se em rubricas residuais, num orçamento que não é transparente” e “faz do social a sua única bandeira, mas, na verdade, também aqui, fica aquém daquilo que o concelho verdadeiramente precisa, mantendo uma visão muito fechada de quem não se relaciona e articula com as entidades regionais com competência na matéria em causa”. “Connosco”, aforma, “Santa Cruz teria mais e melhores políticas e respostas sociais”.
Bruna Gouveia sublinha, igualmente, o facto de este ser um orçamento com grande peso em assessorias “que connosco seriam cortadas”.
“Este é um Orçamento do passado, bem evidente do amadorismo do JPP (…)”, acusa.
Por outro lado, alegadamente indignada com a forma como o JPP tem feito uso dos meios institucionais para comunicações com fins partidários no âmbito de ataques pessoais, a deputada municipal Bruna Gouveia fez questão de garantir que a coligação que integra “não se deixará intimidar, nem deixará de cumprir aquele que é o seu compromisso com Santa Cruz”.
Já o deputado Municipal Ricardo Freitas apresentou um voto de louvor a Leonardo Jardim e Diogo Dias por mais um “sucesso alcançado, agora com a conquista da Liga dos Campeões Asiática”, voto que mereceu aprovação unânime, tendo alertado, na ocasião, para a necessidade de reforçar as bolsas de estudo e de criar “mecanismos que permitam o seu pagamento a tempo e horas, ou seja, quando as pessoas efetivamente precisam e não vários meses depois da despesa”.
Por sua vez, o deputado Bruno Camacho manifestou estranheza relativamente “aos € 3.027.343,00 de rúbricas residuais, sem qualquer concretização” reforçando a crítica relativamente à falta de transparência de um orçamento que “também por esta razão, não poderíamos aprovar”.
Numa Assembleia que “inexplicavelmente continua a adiar a apresentação de proposta de regimento”, os deputados da Coligação “Cumprir Santa Cruz” estranham que “o presidente da Câmara diga que suscitou “a inconstitucionalidade da taxa de protecção civil e que a continue a aplicar. Não podemos, pois, aprovar esta receita”, referiu, por fim, Bruna Gouveia que, nesta oportunidade, questionou ainda sobre a obra de ampliação do campo com relvado sintético da Camacha, tendo o presidente da Câmara respondido que aquela obra não estaria legalizada e que a ampliação não foi feita por essa razão.