O edil funchalense e a secretária regional de Inclusão e Cidadania inauguraram ontem o projecto ‘Co-Abrigo’, do Centro de Apoio aos Sem Abrigo (C.A.S.A.). Trata-se da recuperação de uma habitação devoluta, no concelho do Funchal, que albergará até 5 pessoas em situação de sem-abrigo, visando a sua reinserção social.
A autarquia do Funchal é uma das 20 entidades que faz parte do Plano Regional de Integração de Pessoas em situação de Sem-Abrigo e que será repensado no próximo ano pelo Governo Regional.
A causa social é uma das apostas da CMF que em conjunto com o Governo Regional vai trabalhar na implementação de projectos para ajudar as pessoas em vulnerabilidade social que proliferam nas ruas do Funchal.
Rita Andrade, governante com as pastas da Inclusão Social e Cidadania, anunciou que no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, a Região terá 4 milhões de euros para ajudar a população sem-abrigo até 2025.
Por seu turno, Pedro Calado revelou que a CMF quer ajudar as pessoas em vulnerabilidade social nas ruas da cidade, pedindo aos cinco ocupantes do ‘Co-Abrigo’ que sejam um exemplo de que a ajuda é possível, sublinhando que apesar do trabalho das instituições são muitos os que não querem ajuda na reabilitação.
“A parte mais fácil está feita e o mais difícil é daqui para a frente. E esse trabalho só diz respeito aos que vão agora residir nesta casa. Queremos que façam deste projecto um caso de sucesso e se este projecto tiver sucesso garanto-vos que as entidades terão ainda mais força para ajudar as pessoas em situação de sem abrigo. O vosso empenho será decisivo para o sucesso de outros projectos nesta fase”, referiu.
Calado diz que não faltam instituições para ajudar, mas é necessário, que também “nos ajudem a ajudar-vos“.
As obras de recuperação da habitação na Travessa do Anselmo, número 17, no Imaculado Coração de Maria, hoje inaugurada, foram realizadas com o apoio da Fundação LAPS. O funcionamento desta nova infraestrutura destinada às pessoas em situação de sem-abrigo conta com o apoio do Governo Regional, através do Instituto de Segurança Social da Madeira.
Sílvia Ferreira, presidente do CASA, disse tratar-se da realização de um sonho, com o apoio da LAPS na recuperação de uma casa devoluta doada. Nesta casa de transição e durante seis meses, cinco pessoas serão acompanhadas por técnicos e ajudadas a reintegrarem-se na sociedade, com autonomia, informa um comunicado.