PS-M insatisfeito com a falta de internamento e cuidados continuados no Centro de Saúde da Calheta

Os deputados do Partido Socialista deram entrada, na Assembleia Legislativa da Madeira, com um voto de protesto pelo facto de não se encontrarem em funcionamento as valências de internamento e de cuidados continuados no Centro de Saúde da Calheta.

Passado mais de um ano desde a reabilitação daquela infraestrutura, a deputada Sofia Canha considera incompreensível que estas valências continuem a não estar operacionais, com os consequentes constrangimentos para a população, atendendo a que os utentes que ali estavam internados foram transferidos para outras localidades da Região e mantêm-se longe das suas famílias.

A reabilitação do Centro de Saúde da Calheta foi financiada por fundos comunitários, através do FEDER, Programa Operacional 14-20, tendo a infraestrutura sido reaberta a 16 de Setembro de 2020. Não obstante a intervenção profunda no edifício, a parlamentar socialista constata que continuam a verificar-se várias insuficiências, tais como a falta de uma sala específica para a preparação para o parto.

“Passado mais de um ano, ainda não se encontram em funcionamento todas as valências daquela estrutura de Saúde, em particular as de internamento e de cuidados continuados, tão importantes no apoio aos utentes e às famílias”, critica Sofia Canha, lembrando que, desde Março de 2019, os utentes internados foram transferidos para outras unidades da Região, onde permanecem até agora, longe da sua comunidade e da sua família. Tal como exemplifica a parlamentar, a distância da Calheta em relação a Santana é uma condicionante para as deslocações dos familiares, que se veem limitados para as visitas regulares, seja pela escassez de transportes públicos, seja pela dificuldade de meios próprios de mobilidade.

Por entender que esta situação é inaceitável, a deputada do PS protesta contra a falta de condições para abertura das valências de internamento e de cuidados continuados no Centro de Saúde da Calheta, considerando que tal condiciona tanto os utentes, como os familiares residentes no concelho, “que se veem impedidos de dar apoio e assistência regular e de proximidade”.