Filipe Sousa diz que “se o PSD tivesse vergonha, desaparecia”

Foto Rui Marote (arquivo)

A discussão da proposta de um reforço de apoio de 135 mil euros às Juntas de Freguesia do concelho de Santa Cruz foi o ponto mais polémico da reunião da Assembleia Municipal, segundo uma nota do executivo santacruzense.

Perante as críticas do PSD, através do deputado Bruno Camacho, nomeadamente ao investimento num conjunto escultórico em Gaula, Filipe Sousa explicou as diferenças que marcam a gestão JPP daquela que foi a gestão do PSD no concelho.

O autarca classificou de “asneira” colocar em causa os investimentos previstos num contrato “absolutamente transparente” com as freguesias. Transparência e honestidade que, acusou, eram uma miragem na altura em que o PSD foi poder em Santa Cruz.

Exemplificando com a obra prevista neste reforço de apoio para o Santo da Serra, Filipe Sousa lembrou que o Caminho Agrícola da Cruz/Morena que será executado pela Junta de Freguesia no valor de 26 mil euros, ia custar, no tempo do PSD, 1,1 milhões de euros. Isto com a agravante de apenas servir duas casas, quando agora vai servir 10 famílias. Além disso, na obra do PSD estava previsto um desvio para servir uns terrenos do empresário que ia executar essa mesma obra.

Ou seja, no tempo do PSD a obra ia custar 1,1 milhões de euros ao erário público para servir os amigos do PSD, e agora vai custar 26 mil euros para servir a população, reafirmou.

Filipe Sousa disse mesmo que se o PSD tivesse vergonha na cara “devia desaparecer”. É que à semelhança desta obra existiam outras inflaccionadas apenas com o intuito de encher os bolsos a alguns, acusou. “E na altura ainda tiveram lata de criticar o JPP de não aproveitar as obras que tinham candidatado a fundos europeus, mas sem garantir a parte de investimento que sabia à Câmara, que, como se sabe, foi deixada em estado de falência. Não deixaram nada. Tudo limpo. Até o macaco para levantar carros desapareceu”, realçou.

A proposta acabou por ser aprovada, apenas com o voto contra do PSD.