PSD critica a CMF por “ter levado um ano” a agir a favor dos munícipes

A vereação do PSD-M na CMF votou a favor das medidas apresentadas, hoje, pelo Executivo Municipal do Funchal, mas não deixa de criticar o carácter “redutor e tardio” das mesmas. “É incompreensível que, apenas cerca de um ano depois, é que a Câmara do Funchal tenha sido capaz de apresentar medidas para apoiar quem foi afectado por esta crise, grande parte das quais surgem fora de tempo e já não cumprem o seu propósito”, criticam os vereadores.

O vereador Paulo Silva Lobo critica a falta de visão e até de ambição de um Executivo que, durante um ano de graves dificuldades, alega, “limitou-se a ignorar os problemas e a chumbar todas as propostas que eram apresentadas para minimizar os seus impactos, para que hoje, passado este tempo, viesse apresentar um Plano que mais não é do que a base das medidas que reprovou, sem qualquer critério a não ser político, em 2020”.

Verberando “a incompreensível demora em agir, em tomar decisões e em implementar soluções efectivas, o político insiste que estas medidas já não podem evitar o encerramento de negócios e a perda de postos de trabalho, para além da consequente redução drástica do rendimento das famílias.

“Exigiam-se respostas imediatas e excepcionais”, referiu. Recordou, a propósito, que o PSD apresentou, em 2020, “inúmeras propostas” ao Executivo Municipal do Funchal, precisamente para atender aos problemas, na altura em que os mesmos surgiram – nomeadamente relacionadas com a suspensão da cobrança das rendas aos comerciantes do Mercado dos Lavradores, com a isenção do pagamento das rendas dos espaços comerciais concessionados pelo Município e com apoios directos ao sector hoteleiro local, assim como apoios ao pagamento de rendas pelos inquilinos da SocioHabitaFunchal – “que foram todas chumbadas e que, caso tivessem sido aprovadas e implementadas, poderiam ter beneficiado, de facto e no momento certo, milhares de pessoas”.

O vereador lamentou, por fim, o facto da Câmara Municipal ter adulterado, nesta reunião, uma proposta apresentada pela vereação tendente a garantir a intervenção urgente no Caminho do Monte, transformando-a num Voto de Louvor ao próprio Executivo. “Chegamos ao cúmulo de ver uma Câmara vangloriar-se por um trabalho que nem fez”.