Câmara de Santa Cruz aprova o “melhor orçamento de sempre”

A Câmara Municipal de Santa Cruz diz que JPP e PS aprovaram o melhor orçamento de sempre. O presidente da Câmara, Filipe Sousa, considera-o assim, embora, na Assembleia Municipal, tenha sido aprovado por maioria mas com os votos contra do PSD e do CDS.
O resultado da votação já tinha sido antecipado pelo edil, ao apresentar o documento em duas versões, uma para os deputados municipais do JPP e outra para os deputados municipais do PSD e CDS. Aliás, refere uma nota camarária, Filipe Sousa considerou que aqueles dois partidos não apresentaram uma proposta válida em sete anos. As duas propostas apresentadas foram o abate de uma árvore que já tinha sido abatida, e a toponímia para uma vereda da qual nem sabiam a referenciação, criticou.
Sobre este “melhor orçamento de sempre”, Filipe Sousa declarou que são 31,4 milhões de euros realistas e sem empolamento, que “vão reforçar a matriz social e lançar investimentos em todas as freguesias”. É também, por outro lado, um orçamento que reflecte a diminuição da dívida em 63% e que culmina a trajectória delineada em 2013, reflectindo uma capacidade de investimento superior a seis milhões de euros.
Mas se este é um orçamento no qual o JPP se revê, Filipe Sousa não tem dúvidas de que este não é o orçamento do PSD, nem do CDS. E não é porque “não prevê o aumento de impostos como o PSD queria em 2013, não prevê a devolução total do IRS, porque isso comprometeria o investimento e a aposta no social, e é também um Orçamento que mantém a Derrama, porque é um esforço que se pede a quem tem lucro para poder ajudar quem precisa.”
Da parte da oposição, o autarca ouviu críticas do PSD e do CDS sobre este ser um orçamento que esquece o apoio às empresas. Em resposta, disse não entender a oposição quando esta critica a duplicação de apoios quando se trata de ajudar as famílias, mas já defende a duplicação desse mesmo apoio quando se trata do tecido empresarial. “O secretário Barreto anuncia milhões todas as semanas”, recordou, salientando que o apoio de Santa Cruz ao tecido empresarial tem sido em isenções que já foram aprovadas até Junho do próximo ano.
Um momento tenso da reunião da Assembleia foi quando Bruno Camacho disse que em Santa Cruz não se paga dívida, omite-se dívida. Filipe Sousa e Élvio Sousa afirmaram que o tempo em que se escondiam contratos e dívidas já passou há sete anos. Resquícios desse tempo ainda se fazem sentir quando chegam à câmara contas de honorários de um advogado que foi deputado do PSD na República, de trabalhos efectuados sem contrato, responderam. “Bruno Camacho acabaria por reconhecer que o termo omitir não é literal, mas que há coisas que se podem fazer legalmente”, refere um comunicado da CMSC.