A Empresa de Electricidade da Madeira veio, através da Vice-Presidência, emitir um comunicado intitulado “Acerto das facturas de electricidade”, no qual começa por indagar se o consumidor sabe diversas coisas que gastam energia, nomeadamente:
“Se uma família de três pessoas, com um consumo médio de 281 kWh/mês e uma fatura média de 67 euros:
– Ligar a placa eléctrica mais uma hora por dia, consome, em média mais 45 kWh/mês, ou seja, aumenta o seu consumo em mais 16%.
– Ligar o forno eléctrico mais meia hora por dia, consome, em média mais 37,5 kWh/mês, ou seja, aumenta o seu consumo em mais 13%.
– Ligar o computador mais seis hora por dia, consome, em média mais 45 kWh/mês, ou seja, aumenta o seu consumo em mais 16%.
– Mantiver a televisão ligada mais seis hora por dia, consome, em média mais 16 kWh/mês, ou seja, aumenta o seu consumo em mais 6%.
– Cumulativamente, se fizer tudo isto, consome em média mais 144 kWh, ou seja, aumenta o seu consumo em cerca de 51%”.
Após estas perguntas, a EEM, que tem sido alvo de críticas por causa de facturas de electricidade astronómicas, refere que “com a ocorrência da pandemia Covid19, esta foi a realidade aplicável à maioria dos agregados familiares madeirenses e porto-santenses”.
“Com as restrições impostas pelo período de confinamento, as leituras aos contadores de energia eléctrica foram suspensas, entre o mês de Março e o final de Abril de 2020, tendo sido retomadas, de forma limitada, a partir do início do mês de Maio. Quer isto dizer que os clientes que não enviaram a leitura dos seus contadores, viram facturados os meses de Março, Abril, e, parcialmente, Maio e Junho, com base em estimativas de consumos anteriores ao período de confinamento”.
Ora, “uma vez reiniciada a facturação com base em consumos reais, grande parte das facturas do mês de Julho já incluíram os acertos de facturação relativos aos primeiros seis meses do ano. Para além da correcção da estimativa facturada, as faturas de Julho traduzem, também, o aumento considerável do consumo médio de energia eléctrica, nos meses em que as pessoas ficaram em casa. A título indicativo, sublinhe-se que cerca de 48 mil clientes, tiveram um aumento médio de consumo superior a 40%, face ao consumo homólogo de 2019. Conforme se pode inferir do quadro apresentado, referente a uma família típica de 3 pessoas, o aumento global da factura mensal em 31,8 euros, pode ocorrer de forma previsível e justificável – passando de 66,7 euros para 98,5 euros -, pode ocorrer de forma previsível e justificável”, assegura a EEM.
“Considerando que o período de leituras dos contadores é trimestral, facilmente se conclui que o acerto de facturação possa ter um impacto muito significativo, com valores a rondar os 162 euros (facturação normal: 66,7 euros + 3 x 31,8 euros). Naturalmente que diferentes agregados familiares, diferentes equipamentos e utilizações, originarão, também, facturações inferiores ou superiores, referentes aos casos apresentados”, justifica.
A Empresa de Electricidade da Madeira diz esperar que este esclarecimento “complemente e ajude, definitivamente, a clarificar as dúvidas colocadas por alguns clientes, encontrando-se disponível para prestar os esclarecimentos necessários e solicitados”.
“Nos casos que suscitem maiores dúvidas, o atendimento deverá ser presencial”, aconselha.
“Os acertos podem ser pagos sem juros em planos de prestações, sempre que o cliente o solicitar, tal como as facturas emitidas entre Março e Junho de 2020. Para este período, as facturas podem ser pagas em prestações, sem juros, por um período máximo de doze meses”, oferece a EEM, que informa, ainda, que “todos os clientes têm o direito de solicitar a verificação dos sistemas de contagem nos termos da legislação em vigor, não se antecipando, todavia, anomalias nos sistemas, dado que são sujeitos a inspecções e auditorias periódicas, por amostragem”.