A Câmara Municipal do Funchal resolveu colocar em marcha uma campanha para educar os cidadãos a não deitar lixo para as sarjetas. Nesse sentido, mandou pintar as sarjetas de verde e erigir uns postes informativos e de sensibilização. “A sarjeta é para escoar a água e não o lixo. Porque o mar começa aqui”, refere uma inscrição, que acrescenta que “Cuidar das sarjetas é cuidar do nosso planeta”.
O Funchal Notícias nada tem contra campanhas contra o lixo e a poluição. Assinala apenas que, em ruas como a Rua João de Deus, a falta de manutenção dos jacarandás pelo Departamento de Jardins da CMF faz com grande quantidade do material que entope as sarjetas sejam folhas, flores e pequenos galhos das mesmas. Que, de resto, caem sobre as caleiras das casas e contribuem para entupi-las em época de chuva, causando inundações mas persistindo a Câmara surda e muda às queixas dos moradores. Mas o mero entupimento das sarjetas (ou das caleiras das casas) parece não ser uma preocupação. A CMF centra o seu olhar na poluição, e não no mero entupimento, que também contribui para a formação de grandes poças de água quando chove, e que os carros, na sua passagem, por vezes projectam sobre os transeuntes.
Por outro lado, afigura-se-nos que esta campanha, sem dúvida com um lado positivo, contribui para a multiplicação dos obstáculos na via pública.
Entretanto e de acordo com uma informação camarária, a campanha, denominada “Sarjetas sem lixo” será apresentada na próxima segunda-feira, dia 8 de Junho, pelas 15h, junto ao Hotel Pestana CR7 Funchal. A campanha marca o encerramento da Semana do Ambiente 2020, no Dia Mundial dos Oceanos. A principal preocupação é sensibilizar a população para a não colocação de resíduos nas sarjetas, também pelos efeitos nocivos que essas práticas causam aos oceanos. O edil funchalense, Miguel Silva Gouveia, estará presente na ocasião.