Estepilha: está desenterrado “o machado de guerra”?

autonomia 2Por Rui Marote

Estepilha o “machado de guerra” está desenterrado?

A Madeira disposta a desenterrar o machado da paz para fazer a guerra. Os cowboys e os índios lutavam por terras. Os ilhéus lutam pelo factor euro deixando de fumar o cachimbo da paz .

O Estepilha tem alertado, nos últimos dias, que tempos trabalhosos viriam. Esta pandemia veio para quebrar com as finanças que já atravessavam e desesperavamn por apoios da República e de Bruxelas. Ontem, o líder parlamentar dos democratas cristãos incitou à reacção  dos madeirenses contra o Terreiro do Paço .Os reservistas são chamados a esta guerra do alecrim e da manjerona.E todos nos recordamos que em outros tempos a ameaça era a independência, com outros políticos à frente dos destinos do arquipélago.

Hoje o cenário é totalmente diferente e tudo isto não deixa de ser uma tempestade num copo de água.O vice alerta como um dos ataques mais violentos à Autonomia e fala numa morte silenciosa à fome. Mais de 400 milhões já saíram dos cofres do governo regional o que representa cerca de 50% das receitas fiscais. Marcelo e Costa não precisam da Madeira,o presidente não precisa dos votos dos madeirenses e o primeiro ministro está como peixe na água. Os tambores começam a ressoar e lançam para a fogueira o chefe máximo. David derrubou o gigante Golias mas a história não se repete… Os nossos deputados não têm influência nos grupos parlamentares e ficaram a dormir à sombra da bananeira, enquanto os autarcas souberam negociar podendo individar-se.

O Estepilha não acretida que se deite a toalha ao chão. Ainda temos madeirenses capazes de mudar a situação em que acreditam. A primeira ameaça desta novela foi manchete nos medias lançando Albuquerque a Belém e agora a revolta.Quem está de pedra e cal é presidente do parlamento, o Rodrigues, uma autentica “rainha Santa Isabel”, célebre pela sua imensa bondade, ocupa parte do seu tempo a visitar instituições distribuindo esmolas aos pobres.

Ora conta a lenda que o rei D.Dinis, já irritado por ela andar sempre misturada com mendigos proibiu-a de dar esmolas. Mas ela desobedeceu e o rei exclamou: “O que levas debaixo do manto?” Ela respondeu: “São rosas Senhor !”

O Estepilha encerra citando Eça de Queiroz in”Cartas de Inglaterra”

“Dizem-nos a cada momento : sede justos, pagai ao lorde, pagai ao senhorio ! E citam -nos a palavra divina daquele que disse :Dai a César o que é de César ! Quem será Brutus que deu a César o que a César era devido : um punhal através do coração!”