Visitas continuam no Hospital Dr. João de Almada e sem qualquer rastreio, denuncia o presidente do Sindicato dos Enfermeiros

A situação passa-se no Hospital Dr. João de Almada e está a provocar enorme apreensão junto dos profissionais daquela instituição. As visitas continuam e sem qualquer rastreio, num momento em que a Região toma medidas cada vez mais restritivas para conter a COVID-19 e num contexto particularmente vulnerável como é a população de utentes daquele hospital.

Juan Carvalho, o presidente do Sindicato dos Enfermeiros da Madeira, fez hoje um alerta na sua página da rede social Facebook e reafirmou ao Funchal Notícias a gravidade das informações que lhe chegam relativamente a situações que já deveriam ter acabado, até porque há muito que foram suspensas as visitas hospitalares.

O dirigente sindical escreveu que “depois da entrada em vigor do estado de emergência, tendo em consideração os exemplos nacionais, de Itália e Espanha, como é possível numa instituição com utentes de alto risco, em plema progressividade da pandemia COVID-19, continuar a haver visitas sem qualquer rastreio no Hospital Dr. João de Almada”.

Ao Funchal Notícias, aquele responsável admitiu que “houve uma indicação no sentido da redução de visitas, mas as mesmas continuam, sem qualquer controlo, levando a uma grande apreensão por parte dos profissionais, que a todo o momento estão sujeitos a potenciais focos de contágio do exterior, para mais tratando-se de uma instituição, toda ela, composta por utentes que se situam na faixa etária de maior risco da pandemia, que deveria obrigar a cuidados redobrados”.

Juan Carvalho admite que, relativamente à parte dos cuidados paliativos, pelas circunstâncias em que se encontram os doentes, as visitas sejam permitidas, obedecendo a um controlo que atende ao plano de contingência da COVID-19, mas relativamente aos restantes andares, primeiro, segundo e terceiro, onde continuam a existir visitas, estas não deveriam ser permitidas para salvaguarda dos utentes e dos profissionais”.