A direcção do PPM-Madeira esteve esta semana no Porto de Cruzeiros do Funchal e o que por lá viu é, no mínimo, preocupante.
Segundo uma nota de imprensa, durante a visita foram constatadas e documentadas, com fotografias e vídeo, as diversas condições de falta de segurança que fazem transparecer o resultado de uma falta de manutenção apropriada, colocando assim em perigo não só todos os que chegam nos navios, mas também os habitantes da ilha, inclusivamente os próprios funcionários.
Esta visita do PPM Madeira surgiu no âmbito de averiguar as condições do nosso Porto após a recente notícia em que um navio de cruzeiro literalmente arrancou um cabeço de amarração.
O PPM Madeira considera como pontos relevantes:
Ponto 1: buracos nas tampas metálicas no chão corroídos pela ferrugem,
Ponto 2: fita isoladora usada na junção dos cabos eléctricos que alimentam os holofotes de iluminação do forte,
Ponto 3: falta de grelhas no tecto falso que aparentemente se têm desprendido do mesmo,
Ponto 4: falta de casas de banho públicas o que motiva cheiro a urina em alguns pontos,
Ponto 5: uma extensão eléctrica possivelmente em carga na vedação metálica envolta em plástico,
Ponto 6: secções da vedação fixas com abraçadeiras de plástico,
Ponto 7: manga de saída dos passageiros enferrujada a servir de âncora de amarração a uma rampa,
Ponto 8: fendas bem visíveis com o diâmetro de um braço de um homem adulto que atravessam o pontão em toda a sua largura.
Para o PPM, sendo este o 13º, porto de cruzeiros mais importante da Europa e um dos mais caros dos mundo, o PPM Madeira não compreende o seu estado de degradação.
“Sabemos que já foram anunciadas obras para aquela infra-estrutura, mas só anunciar não chega, pois o desgaste e a corrosão não esperam. O PPM Madeira sabe que existem companhias de cruzeiros a “fugir” da Madeira, preferindo os nossos vizinhos açorianos, que estão em franca expansão neste tipo de turismo”, revela.
Paulo Brito, vice-presidente regional do PPM Madeira, espera que sejam feitas intervenções o mais urgentemente possível afim de evitar que más notícias surjam na sequência desta falta de zelo.
