PTP critica “partidos que se desunham” a ver “quem mais apoia os emigrantes” fugidos da Venezuela

O PTP divulgou o conteúdo da sua declaração política semanal na Assembleia Legislativa da Madeira, pronunciando-se sobre a situação na Venezuela. A declaração da deputada Raquel Coelho refere que “ao contrário daquilo que julgava Mao Tse Tung, o poder e o domínio de um povo não resulta apenas pela força das armas, mas também pela promessa de um sonho, de uma qualquer ilusão, ansiada pela população”.

“Foi assim que Hitler ascendeu ao poder, porque soube dizer a coisa certa no momento certo”, refere, para lamentar que “a verdade na política não vende, pois todos nós recusamos o confronto com as fatalidades da nossa vida em sociedade”.

“Queira-se ou não, o engano faz parte da arte política, vejamos só o caso dos partidos do arco do poder que ultimamente se desunham entre si, a ver quem mais apoia os emigrantes fugidos da convulsão política, social e económica da Venezuela. De um lado, o PSD, promete apoios e empregos que nunca chegam. De outro lado, o PS, promete ajudar os emigrantes que perderam as suas poupanças no BANIF, quando o seu Governo foi o responsável pela solução que injustiçou muitos deles”, refere a parlamentar.

Os trabalhistas questionam “de que serve hastearmos bandeiras da Venezuela, se não temos solução para os problemas dos nossos emigrantes. Que o digam os jovens luso-venezuelanos que não conseguem a equivalência dos seus cursos universitários”.

“Depois vemos a nossa classe política, muito sequiosa, a criticar a ditadura de Nicolas Maduro, quando não dizem uma palavra sequer, contra a falta de liberdade de imprensa e de expressão no nosso país”, conclui.