Congresso internacional debate contributo da expansão lusa para a economia dias 23 e 24 no Funchal

Foi hoje apresentado, no Espaço Infoart da Secretaria Regional do Turismo e Cultura, o Congresso Internacional “Contributo da Expansão Portuguesa para a Economia”, que se realizará a 23 e 24 do corrente mês. O evento foi dado a conhecer numa sessão que contou com a presença do presidente da Comissão para as Comemorações dos 600 anos da Madeira e do Porto Santo, Guilherme Silva, e de Gonçalo Nuno Santos, representando o Centro das Comunidades Madeirenses e Migrações. Na ocasião, Paula Cabaço salientou que, paralelamente à projecção turístico-cultural que tem sido realizada ao longo do corrente ano, tendo por base o programa de comemorações alusivo aos 600 anos do descobrimento do nosso arquipélago, é importante que as mesmas sirvam também para “a reflexão e o debate em torno do que foram os 600 anos de História da Região” com a participação da sociedade.

“Depois do ciclo de conferências que, no Porto Santo, se debruçou sobre os 600 anos da globalização, e o papel que a Madeira assuu na epopeia marítima dos Descobrimentos” surge este “importante e fundamental momento de reflexão” sobre os contributos que os portugueses prestaram à economia mundial. Evocando trocas comerciais de madeirenses já no séc. XV, altura em que “souberam tirar partido da nossa posição geoestratégica”, Paula Cabaço disse que este congresso internacional procurará suscitar questões interessantes sobre várias temáticas. Pretende-se ainda traçar um quadro da evolução económica ao longo destes seis séculos de História, e até à actualidade, na qual “a Madeira terá de saber preparar o seu espaço de actuação”.

A secretária regional do Turismo e Cultura disse que este congresso terá um leque de oradores “de excelência”, trazendo especialistas “mundialmente reconhecidos”, ligados à História, mas também à banca, às universidades, à Marinha, às Forças Armadas, à economia, à gestão, à saúde e às tecnologias.

O Congresso dividir-se-á em quatro grandes painéis: “A Madeira e a Globalização”, “A Globalização do Saber Científico”, “O Território Mundo, a Economia ao Serviço do Homem e a Segurança de Capitais” e por fim, “As Fronteiras Digitais na Globalização”. Serão moderadores destes painéis o académico Duarte Pita Ferraz, docente da “Nova School of Business and Economics” e administrador não-executivo do Banco Europeu de Investimento; Ricardo Gouveia, docente da UMa e director do Banco Comercial Português, Ivo Correia, economista e presidente do Conselho Económico e da Concertação Social da Região Autónoma da Madeira, e Ricardo Jardim Gonçalves, catedrático da Universidade Nova de Lisboa e director da Uninova.

No Centro de Congressos da Madeira estarão presentes 17 oradores, que durante cerca de um dia e meio, nas supracitadas datas, debaterão os temas já descritos. Além de palestrantes vindos do continente, virão outros de países estrangeiros como Inglaterra, Alemanha e Estados Unidos da América. Este congresso tem entrada gratuita, não sendo necessária inscrição. Outros oradores serão  Alistair Mutch, Luís Cabral, Henrique Leitão, Ricardo Reis, Vítor Bento, António da Silva Ribeiro ou José Gomes Ferreira.

Guilherme Silva, por seu turno, referiu que há a preocupação, neste acontecimento, de realizar um “reviver histórico” do modo como a Madeira serviu como “plataforma para a expansão portuguesa, a primeira globalização”. O congresso será, prometeu, “também um modo de projectar o futuro, com alguns temas de amanhã”. A propósito deste Congresso, disse que Gonçalo Nuno Santos foi o “obreiro” do mesmo, evento que exige “muitos contactos e muito trabalho”. Este responsável referiu que seria interessante que este acontecimento tivesse outros que o sucedessem periodicamente, no futuro, “talvez de dois em dois ou de três em três anos”.