PSD responde ao PS por causa das críticas ao sector da saúde na RAM

O PSD-Madeira emitiu hoje um comunicado, assinado pelo seu secretário-geral, Rui Abreu, no qual se pronuncia sobre os comentários do PS-Madeira acerca da saúde na RAM.

Diz o PSD que na Região foram melhoradas as condições laborais dos profissionais de saúde, fruto do diálogo mantido com as Ordens e os Sindicatos e dos acordos laborais, nomeadamente com os enfermeiros. Alguns dos acordos são pioneiros em Portugal, como o ‘Acordo de Empresa’, que abrangendo 2.000 profissionais do SESARAM, possibilita que todos os funcionários que estão no Código Individual de Trabalho tenham os mesmos direitos que os trabalhadores em contrato de funções públicas, refere Rui Abreu.

O mesmo político insiste que o Governo Regional introduziu o Programa de Recuperação de Cirurgias, abriu concursos para anestesistas – cuja carência era um dos maiores obstáculos à actividade do bloco operatório – e concursos para novos enfermeiros.

Por outro lado, aponta que na RAM, foi aprovado também o regime de incentivos para a fixação de médicos e o suplemento remuneratório para os enfermeiros especialistas.

Passando ao ataque, diz que “já a geringonça de António Costa não consegue manter conversações nem com as Ordens profissionais nem com os Sindicatos, o que tem resultado em greves, manifestações, paralisações e demissões nos hospitais do País”.

O PSD-M denuncia, pois, o “caos na Saúde” que se instalou, diz, de Norte a Sul do país, “evido à governação desastrosa e à falta de investimento. São demissões em bloco de directores e de chefes de serviço, são crianças a fazer tratamentos de quimioterapia em corredores de hospitais, é o subfinanciamento dos hospitais que levam à falência técnica de grandes unidades hospitalares”.

“Não satisfeito”, acusa, “o Governo Central quer transferir o caos do Continente para a Madeira e tenta estrangular as finanças da RAM, o que lamentavelmente tem merecido rasgados elogios por parte do PS local”.

Este “estrangulamento financeiro” é consubstanciado pelo PSD-M na recusa do Estado pagar os 50% do do Novo Hospital da Madeira conforme prometido por António Costa; adiar o pagamento da dívida dos Subsistemas de Saúde no valor 18,6 milhões euros; e não ter reembolsado os beneficiários madeirense do ADSE, durante o primeiro semestre do ano.

“O pior cego é aquele que não quer ver, como é caso do socialista, Víctor Freitas”, conclui o comunicado.