Mais Porto Santo viabilizou pagamento faseado da dívida da Câmara à Farrobo e reivindica contributo para a poupança dos 400 mil euros

José António castro
José António Castro diz que ganha cada vez mais força a importância da revogação da delegação de competências no presidente da Câmara do Porto Santo.

A Câmara Municipal do Porto Santo veio a público, através de um jornal, assumir a poupança de 400 mil euros em processos judiciais, facto que motivou, da parte de José António Castro, uma reação no sentido de lembrar que isso só foi possível porque o movimento “Mais Porto Santo” viabilizou o pagamento faseado de uma dívida da Câmara Municipal do Porto Santo à empresa Farrobo – Sociedade de Construções, a rondar um milhão de euros, contraída há mais de dez anos, sob pena do congelamento das contas bancárias da autarquia, e que a dívida à Sociedade Arlindo, Correia & Filhos ainda está execução.

“Vem agora o Executivo camarário congratular-se e assumir individualmente a poupança de cerca de 400 mil euros nestes processos judiciais, negligenciando e omitindo o trabalho que foi desenvolvido pelo Mais Porto Santo nesta delicada matéria, apesar de estar bem ciente de que se não fosse a ação, empenho e voto favorável do movimento de cidadãos independentes, face ao chumbo dos socialistas, que as contas do município teriam sido penhoradas e o futuro dos porto-santenses ainda mais comprometido”.

José AntónioCastro diz que é por este tipo de atitudes, “procurando abafar o trabalho que o Mais Porto Santo desenvolve em defesa dos porto-santenses”, que este movimento decidiu “revogar a delegação de competências do ainda presidente da Câmara Municipal do Porto Santo”. Reafirma que “o Mais Porto Santo não pode continuar a pactuar com este comportamento leviano, de quem tenta cumprimentar com o chapéu aleio, sem respeito e consideração por movimento que muito contribuiu para a estabilidade política e para a fundamental governabilidade de um município que andou ao longo de quatro anos refém de uma guerra sem tréguas entre PS e PSD”.

Diz uma nota do movimento independente, que tem um veredor na Câmara, que “esta inesperada tentativa de campanha eleitoral do PSD Porto Santo, de mostrar serviço e trabalho, talvez por sentir que o tapete foge-lhe dos pés, perfeitamente consciente que o povo está cansado e desiludido, é tão-somente mais um sinal do desnorte de quem insiste em comandar os destinos da Ilha a partir da Quinta Vigia e de quem, no Porto Santo, erradamente, se deixa governar através de e-mails e ordens superiores partidárias, traindo a confiança dos porto-santenses”.