Câmara da Ponta do Sol vai usar “todos os meios legais” para impedir unidade de piscicultura na frente mar

Ponta do sol boiasA Câmara Municipal da Ponta do Sol deu conhecimento que não concorda com a instalação de uma unidade de piscicultura prevista para a zona entre a frente mar da vila da Ponta do Sol e o sítio dos Anjos, numa extensão, ao que diz “superior à
área de um campo de futebol”.
Célia Pessegueiro refere que “do que até ao momento foi possível apurar, a instalação da atividade já nem é possível, visto ter caducado a licença emitida pela Secretaria de Ambiente e Recursos Naturais em dezembro de 2016. A cláusula 3ª da Licença de Utilização emitida em 16 de dezembro de 2016 é clara quando diz:
a) O titular da licença deverá iniciar a utilização do espaço titulado no prazo de seis meses a contar da data da sua emissão, sob pena de revogação do título, nos termos do disposto na alínea c) do nº 4 do artigo 69º da Lei n.º 58/2005, de 29 de dezembro, alterada e republicada pelo Decreto-Lei n.º 130/2012, de 22 de junho.
b) A não utilização do espaço durante um ano constitui igualmente causa de revogação do título, nos termos da norma citada na alínea a) desta cláusula”.
Desta forma, a presidente da Câmara anuncia que “oficiará a Secretaria de Ambiente e Recursos Naturais e demais entidades que tomam parte no processo de licenciamento para a suspensão imediata dos trabalhos em curso, uma vez que a licença emitida já caducou. Solicitaremos igualmente à SRA cópia de todos os documentos constantes no procedimento de licenciamento desta atividade. Usaremos os meios legais ao nosso dispor para impedir a instalação de uma atividade danosa dos interesses da Ponta do Sol e dos ponta-solenses. Um Concelho que tem merecido vários investimentos hoteleiros, de alojamento local e outros na área do turismo, para além das atividades náuticas de lazer, não pode ter este revés no seu desenvolvimento”.
O atual executivo da Câmara da Ponta do Sol”é frontalmente contra uma atividade que prejudica o concelho da Madeira com maior extensão de praias frequentadas, pondo em risco o investimento que anualmente a Câmara faz nas zonas balneares, essenciais à atividade económica e ao fomento do emprego”.