Com Rui Marote
Com as forças em parada na avenida principal do Porto Santo, foram prestadas honras ao estandarte nacional e aos militares falecidos.
Na cerimónia evocativa do 25.º aniversários do Comando das Forças Terrestres e 182.º Aniversário da Zona Militar da Madeira (ZMM), falou o comandante operacional e da zona militar, Carlos Cardoso Perestrelo.
Aquele oficial revelou que no inédito aprontamento da primeira força nacional a destacar por Portugal no teatro de operações do Iraque alinharão militares madeirenses.
Os militares madeirenses vão iniciar o período de preparação daqui a dois dias, a 14 de maio.
Carlos Perestrelo felicitou o comando das forças terrestres pelas bodas de prata que está a comemorar ao longo deste ano, o que também representa o empenho de tantos que antecederam.
Refira-se que 160 familiares deslocaram-se ao Porto Santo para assistir ao juramento de bandeira que se realizou naquela ilha.
Neste dia 12 de maio comemora-se também o 182.º aniversario da ZMM mas a presença de tropas no arquipélago teve origem muito antes, altura em que o rei D. Manuel enviou uma carta ao senado do Funchal para a criação de uma cultura de defesa nacional.
A presença militar no Porto Santo nunca foi significativa pelo menos desde o século XV até o século XVII.
A primeira fortaleza a ser construída foi no século XVIII e o destacamento de Porto Santo do regimento de Guarnição N.º3 foi edificado no final dos anos oitenta e representa uma capacidade dos tempos modernos para eventual apoio a projecção de forças.
Antigos Combatentes homenageados
Hoje, antigos combatentes do Porto santo receberam Medalhas comemorativas das campanhas ultramarinas, um reconhecimento do Exército e de Portugal, um momento de reconciliação emocional com o passado comum.
“Hoje será um dia memorável para vos e as vossas famílias que têm fortes motivos para se orgulharem dos filhos que criaram, educaram e os colocaram nas mãos das Forças Armadas para dar o seu contributo para a defesa da Pátria. É uma grande responsabilidade que recebemos e assumimos com o maior espírito de dever”, disse.
O grupo Sousa foi elogiado publicamente por tornar possível a realização desta inédita cerimónia na ilha dourada.
Nesta cerimónia, para além das patentes militares, marcaram presença o presidente das comissão dos 600 anos, Guilherme Silva; o presidente da Câmara do Porto Santo, Idalino Vasconcelos; o diretor regional, Jocelino Velosa; a deputada Rubina Berardo, em representação da Assembleia da República entre outras figuras como o reitor da UMa, José do Carmo e o presidente da associações de auditores de defesa, Brazão de Castro.