MPT denuncia “clima de medo” na Guarda Florestal e diz que as torres de vigia “estão em obras há muito tempo”

guarda florestalO MPT-Madeira revelou hoje, em comunicado, ter conhecimento de situações que ocorrem no seio da Guarda Florestal na Região, denunciando que “há diz discriminação interna na aplicação da lei, nomeadamente, em relação aos turnos, onde alguns têm direito e outros não”. Diz haver “um clima de medo”.

Outro assunto que aquele partido traz a público prende-se com “o anúncio da tutela, relativo à Carreira Especial que na Madeira nunca foi criada e, com a reestruturação da Carreira, houve guardas que até foram despromovidos de categoria, passando de Mestre Principal para Guarda”.

Revela ainda o MPT-M que “os Guardas estão a trabalhar isoladamente e sós e atendendo à situação ocorrida no Rabaçal, onde um elemento perdeu a vida, talvez por falta de assistência e também por falta de apoio, uma vez que estava só”, sublinhando, também, que “os Guardas Florestais não podem falar e caso o façam sem o agrado da tutela, são transferidos para outros sítios da Madeira”.

O MPT-Madeira questiona a tutela sobre a legalidade da Polícia Florestal estar sob a tutela do Instituto de Florestas?

Para o Partido da Terra “não faz sentido que os Guardas Florestais da Região Autónoma da Madeira tenham um estatuto deferente dos colegas do Continente, porque isto prejudica-os muito e também provoca descontentamento. Estão impossibilitados de pedir a mobilidade para integrar a Guarda Florestal fora da RAM o que se traduz por uma brutal descriminação”.

O partido lembra que “as torres de vigia e os Postos Florestais estão em obras há muito tempo, não estando ainda nenhum concluído e isso é muito nefasto para o controlo florestal da RAM”.