JPP quer que Carlos Rodrigues vá à ALRAM esclarecer problemática dos CTT na Região

O grupo parlamentar do Juntos pelo Povo (JPP) deu entrada na Assembleia Legislativa da Madeira a um requerimento de Audição Parlamentar com a presença do director regional dos CTT, Carlos Rodrigues, sobre a situação desta empresa.

Segundo informa o JPP, o partido entende ser necessário “compreender a actual estratégia dos CTT, num sector de interesse público, tendo em conta todas as mudanças que se têm registado” nos últimos tempos.

“Em 2013, aquando da sua privatização, os CTT tinham lucros de 61 milhões tendo este valor reduzido para 46 milhões, em 2016. Esta redução de lucros foi acompanhada de despedimentos, de redução do número de balcões/lojas e da diminuição da qualidade nos serviços prestados (…) Verifica-se assim a degradação do serviço postal universal, portanto, de um serviço público fundamental para a população cuja gestão orienta-se, maioritariamente, para o lucro, independentemente das consequências para a população. Veja-se o exemplo, na RAM, do reembolso do subsídio social de mobilidade para as viagens aéreas, cujos balcões dos CTT são o único serviço que garante este Direito aos cidadãos (constrangidos pela burocracia, pelo tempo de espera e por um “sistema informático” que – não raras vezes – encontra-se inoperacional)”, sublinha o JPP, no documento apresentado, que lembra ainda o fecho de vários balcões.

O JPP aponta que os CTT apresentaram o Plano de Transformação Operacional (2018-2019) com um conjunto de medidas que estão a gerar polémica, entre elas, o fecho de 22 lojas, a redução substancial da remuneração variável dos trabalhadores dos correios e o corte de 800 postos de trabalho a tempo inteiro. Na RAM, verificou-se o encerramento da loja no Arco da Calheta e da loja na freguesia de Santo António. Estes encerramentos vêm juntar-se a outros já sucedidos na Região, nos últimos anos.

Desta forma, os deputados do “Juntos pelo Povo” propõem a realização de uma audição parlamentar ao director Regional dos CTT, Carlos Rodrigues, aguardando agora pelos trâmites parlamentares, de forma a esclarecer esta situação.