Cafôfo recusa novamente ir depor ao parlamento madeirense sobre a tragédia do Monte

Foto Rui Marote

O edil funchalense, Paulo Cafôfo, voltou a recusar-se hoje a ir dar explicações à Assembleia Legislativa Regional sobre a tragédia do Monte. Tudo porque, na perspectiva do presidente da Câmara do Funchal, se pretende “que uma qualquer agenda partidária sem regras, sem respeito e sem limites procure fazer aproveitamento de uma situação tão trágica, desrespeitando as vítimas da tragédia, enquanto procura interferir na acção da justiça”.

Cafôfo escreveu a Tranquada Gomes, o presidente da ALRAM, dizendo ter o máximo respeito pelo parlamento madeirense, mas responde à insistência da 5ª Comissão Especializada Permanente de Saúde e Assuntos Sociais referindo que mantém a sua anterior posição, já transmitida e com os mesmos fundamentos. Lamenta ainda que o presidente da referida comissão, o deputado social-democrata João Paulo Marques, “com formação jurídica, desconsidere o que o próprio admite ser um “argumento jurídico” que manifestamente não consegue contrariar (…)”. Critica ainda o facto de o mesmo ter dito que “não cabe às entidades convocadas por esta Assembleia aferir da legalidade do seu depoimento”.

“Nunca permitirei que se ultrapasse os limites da legalidade”, assegura Cafôfo, criticando ainda as afirmações públicas de um deputado do PSD, que, em seu entender, são altamente insultuosas e desprestigiam a ALRAM, evidenciando “as verdadeiras intenções” da audição.