Fotos: Rui Marote
O reeleito presidente da Câmara Municipal do Funchal, Paulo Cafôfo, voltou a insistir nas suas promessas eleitorais para o novo mandato, apresentadas em campanha, garantindo que as cumprirá. 15 milhões de euros para aplicar nas zonas altas da cidade, 10 milhões de euros para habitação social no concelho, e uma operação de reabilitação urbana que se traduzirá em 71 milhões de euros, além da protecção dos bairros históricos da urbe, do repovoamento do centro do Funchal e da aplicação de medidas de apoio aos jovens, como programas de arrendamento a custos controlados e bolsas para estudantes, foram promessas asseguradas pelo já empossado presidente da autarquia.
Cafôfo iniciou o seu discurso, no final da sessão de instalação da Câmara, referindo a solidariedade do Funchal para com as vítimas dos incêndios no continente. Elogiou os heróis que combateram os fogos, pediu um minuto de silêncio em memória das vítimas, disse-se honrado por ir cumprir este segundo mandato como edil e falou dos sonhos que tinha em 2013 e partilhava então com a sua equipa.
Hoje, realçou o voto de confiança dos cidadãos, que lhe foi atribuído e expresso numa maioria absoluta: ” Hoje somos muitos mais a acreditar numa forma diferente de fazer política”, disse. “Era preciso ter a coragem de fazer diferente, provar que era possível”. Do seu ponto de vista, a coligação provou-o. E legitimou a “Primavera” iniciada na CMF em 2013 com a votação alcançada agora pela coligação “Confiança”.
Sublinhou que pretende praticar uma política de “cidade inclusiva”, onde “todos têm voz”. E assegurou: “Será com maioria absoluta que provaremos que governaremos sempre da mesma maneira, pois dialogamos e negociamos por convicção, não por obrigação”, garantiu.
Referindo-se à sua equipa como um grupo de pessoas que faz aquilo que gosta, com optimismo e confiança, acrescentou que a mesma “tem um pensamento estratégico para a cidade” e propostas sólidas de futuro. “Contamos com todos e governaremos com todos”, prometeu.
Já antes, o presidente da Assembleia Municipal cessante, Rodrigo Trancoso, apelara no seu discurso ao “diálogo e concertação”, pedindo ao executivo que procure actuar sem autoritarismo e à oposição que não obstaculize a gestão citadina. Hoje em dia, exortou, exige-se maturidade democrática e “genuíno espírito de cooperação”. Por isso, independentemente das posturas político-partidárias, pediu a todos os eleitos que deixem enterradas no passado certas posturas antidemocráticas, e disse que “a dita renovação, para provar que o é de facto, tem de efectivamente praticá-la”.
Por outro lado, elogiou o civismo, a participação e a maturidade democrática do eleitorado.
O Governo Regional esteve representado neste acto pelo secretário regional da Educação, Jorge Carvalho.