Bombeiros do Porto Santo não recebem horas extra há sete meses, estão sem comandante e andaram com oxigénio fora de prazo nas ambulâncias

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O candidato do movimento “Mais Porto Santo” denuncia situações anómalas nos Bombeiros Voluntários do Porto Santo.

José António Castro, o candidato do movimento “Mais Porto Santo”, denuncia atrasos de sete meses no pagamento das horas extra aos bombeiros, situação que afirma ser “inconcebível” por estarmos perante uma força de socorro “que é a primeira a chegar quando a população precisa. Eles podiam muito bem ir para a praia e estar com a família, mas abdicaram disso para cumprirem uma missão difícil e mereciam outra atenção por parte das entidades competentes”.

Má gestão” da Direção dos bombeiros

O candidato classifica de “má” a atual gestão diretiva daquele corpo de bombeiros. Lembra que “esta força de bombeiros é apoiada pela Proteção Civil e pela Câmara Municipal, sei que a última tranche de apoios foi transferida em julho e os bombeiros continuam sem receber”. Além disso, denuncia, “aquela corporação está sem comandante há anos e apenas dispõe de chefes de piquete. E já se registou uma situação noturna, em que os bombeiros foram chamados para duas emergências e só estavam duas pessoas. A solução foi sair e fechar o quartel”.

Bombeiros mandam buscar equipamentos pela net

Não ficam por aqui as acusações à liderança da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Porto Santo, referindo ainda que “são os próprios bombeiros que mandam buscar os equipamentos através da internet, porque a direção não é capaz de responder às necessidades. As ambulâncias, que correspondem ao primeiro socorro em caso de emergência, têm andado com o oxigénio fora de prazo e andaram dois meses nessas condições, quando na realidade não podiam estar ao serviço”.

José António Castro diz que, se for eleito presidente da Câmara, não vai permitir este tipo de situações e vai passar “os bombeiros voluntários a municipais”. E já sabe onde tem o dinheiro para essa alteração: “A Câmara Municipal paga 618 mil euros em avenças a empresas do Continente, para prestação de serviços desnecessários. Comigo, isso acaba. Desses 618 mil, retiro 200 mil que é o custo da passagem dos bombeiros voluntários a municipais”.