CDS pela voz de Pimenta deixa perguntas à Câmara porque o tempo é de “recolhimento mas não de resignação”

FOTOS RUI MAROTE.

*Com Rui Marote

O líder da bancada dos deputados municipais do CDS-PP, na Assembleia Municipal do Funchal declarou na sessão solene do Dia da Cidade que o momento presente é de recolhimento mas não de passividade. Segundo Gonçalo Pimenta, “O tempo é de recolhimento mas não de resignação. O tempo é ainda de luto mas já estamos também no tempo das interrogações e do questionamento. E há muitas coisas por esclarecer, se queremos de facto honrar a memória dos que partiram e fazer com que a população do Funchal tenha uma efectiva e real confiança na classe política. A melhor forma de honrar as vítimas é a rápida assunção das responsabilidades de cada um”.

 

As festividades em honra da Cidade começaram esta manhã, com a música do costume. Foto Rui Marote.

Urge eliminar qualquer “nebulosa” e falar “a verdade”.   Gonçalo Pimenta salientou que “as pessoas esperam de nós não palavras vãs mas decisões urgentes e corajosas que ajudem a resolver os seus problemas. Por isso, o apelo dos autarcas do CDS-PP é no sentido de concentrar as atenções no apoio às pessoas que perderam os seus familiares e na ajuda aos que devido a ferimentos sofridos terão perdido qualidade de vida ou mesmo a possibilidade de voltarem a trabalhar”.

O representante centrista confrontou a vereação de Cafôfo com o momento das perguntas. E são várias que ficam no ar, a aguardar resposta. “Depois destes pedidos e alertas, os Funchalenses querem saber: a quantos desses pedidos respondeu a CMF? Quantas intervenções foram realizadas nos últimos quatro anos pelos serviços municipais? Sendo um dado adquirido que a CMF é responsável pela manutenção e conservação dos jardins do Monte e tendo em conta os sucessivos alertas que lhe foram dirigidos, quantas vistorias e/ou estudos foram realizadas pela divisão de Jardins e Espaços Verdes da CMF ao estado fitossanitário das árvores dos jardins do Monte? Os familiares das vítimas e os feridos exigem da Câmara respostas rápidas a todas estas questões e dúvidas. Trabalhar pelas pessoas é responder aos pedidos que fazem e não deixá-las quatro anos sem respostas”, afirmou Gonçalo Pimenta.

Mas existem outras questões que precisam de respostas claras do presidente da CMF, disse Gonçalo Pimenta: “É do senso comum que o município é a entidade responsável pelo licenciamento dos espaços públicos para venda ambulante durante as festividades de Nossa Senhora do Monte, cobrando para o efeito uma taxa pelo licenciamento desses espaços. Pergunta-se: não compete à Câmara garantir a segurança das pessoas que se deslocam à festa e circulam pelo espaço público? É ou não da responsabilidade da Câmara acautelar a segurança no arraial do Monte? A Câmara tinha ou não um plano de segurança para o feito ou simplesmente desleixou esse importante aspecto?”