Grande festa madeirense na América

O Pe. Rui Sousa benzendo a placa que homenageia os fundadores da festa do Santíssimo Sacramento em New Bedford.

*Sílvio Mendes

A 103.ª Festa do Santíssimo Sacramento organizada por emigrantes madeirenses e seus descendentes na cidade de New Bedford, em Massachusetts, Estados Unidos da América vai realizar-se no próximo domingo, 6 de agosto e deve juntar cerca de 100 mil pessoas na maior celebração portuguesa nos Estados Unidos.

Durante quatro dias, os visitantes vão poder assistir a concertos de música, espetáculos de dança e experimentar pratos portugueses.
O festival acontece no Campo Madeira, o mesmo recinto que acolhe o festival há vários anos e que está completo com um grande churrasco, uma latada e uma réplica de uma casa de Santana, para recriar o ambiente madeirense.
A festa é genuinamente madeirense e nos restaurantes, serão servidos pratos tradicionais madeirenses como carne de espeto e atum frito.
Com as receitas da festa, que se realiza sempre no primeiro domingo do mês de agosto os organizadores atribuem todos os anos dezenas de bolsas de estudo, no valor de mil dólares cada uma.
A festa do Santíssimo Sacramento em New Bedford foi celebrada pela primeira vez em 1915, por iniciativa de um grupo de madeirenses, da freguesia do Estreito da Calheta e desde então tornou-se a maior festa portuguesa na América e um dos maiores festivais étnicos na Nova Inglaterra.

Os quatro madeirenses que no ano de 1915 , na cidade de New Bedford, Estado de Massachusetts, Estados Unidos da América, organizaram a primeira festa do Santíssimo Sacramento estão  perpetuados através de uma placa colocada no adro da igreja do Estreito da Calheta de onde três deles eram naturais ( Manuel Agrela, Manuel Agrela Coutinho, Manuel Santana Duarte) sendo o outro, Manuel Sebastião, nascido  na freguesia dos Prazeres. A cerimónia de inauguração decorreu no domingo 16 de agosto de 2015 no final da procissão que assinalou a festa do Santíssimo Sacramento naquela paróquia.
A bênção da placa foi feita pelo Pe. Rui Sousa, pároco do Estreito da Calheta e na cerimónias participaram o presidente da Câmara da Calheta e o diretor do Centro das Comunidades Madeirenses, assim como familiares dos homenageados e muito povo.