Albuquerque defende na Assembleia modelo de apoios para a comunicação social; é questionado pela oposição sobre a possibilidade de alterar a portaria MEDIARAM

Miguel Albuquerque veio defender hoje a política do seu Governo para a comunicação social,  referindo que o que o mesmo procurou fazer foi gerar uma solução que assegurasse “a pluralidade de informação em igualdade de oportunidades, na RAM”.

De acordo com o chefe do Executivo madeirense, conseguiu-se encontrar uma solução em que “o mercado funciona,  os apoios públicos são claros e transparentes e acima de tudo com regras previamente conhecidas e acessíveis por todos”.

Albuquerque sublinhou que o GR não vem “colher os louros”, mas afirmou ter a consciência tranquila por não ter sido seguido nenhum caminho “precipitado”. Desde o princípio,  garantiu, que o Governo Regional perseguiu uma estratégia para o sector “não depende dos ciclos, conjunturas ou pressões políticas,  por forma a garantir a independência, o pluralismo e a liberdade dos jornalistas e das empresas jornalísticas”.

O presidente do Governo salientou que era necessário igualmente levar em conta um papel de excepcional importância da comunicação social, como alicerce dinâmico da salvaguarda da pluralidade da informação em democracia.

Referindo-se à portaria de apoios à comunicação social MEDIARAM, Albuquerque frisou que esta medida tornou as regras claras independentemente das linhas orientadoras dos diferentes órgãos,  e é digna “duma democracia madura”.

Por outro lado,  garantiu,  tentou-se encontrar uma solução para o Jornal da Madeira, “de forma a que este não fosse um encargo de três milhões de euros anuais para os cidadãos”.

Na oportunidade, salientou que o director da Associação Portuguesa de Imprensa “elogiou, sem restrições, este modelo”.

Mas Albuquerque já começou a ouvir algumas críticas da oposição. O JPP questionou se o GR não está disponível para efectuar algumas alterações aos novos  projectos  de jornalismo digital na Região,  observando critérios que não se baseiem apenas no número dos empregados das empresas de CS ou na tiragem dos órgãos. O deputado Élvio Sousa defendeu a necessidade de apoiar estes pequenos projectos.

Por outro lado,  Lopes da Fonseca veio referir-se a certas convulsões na RTP Madeira, com trabalhadores insatisfeitos a protestar junto dos sindicatos e da administração nacional, contra as chefias regionais. Porém,  o CDS interpretou este fenómeno como “pressões” de determinadas forças políticas para destituir a actual direcção.

Albuquerque diz-se “preocupado” com a criação de empresas de comunicação social, mas admitiu que as empresas das plataformas digitais têm de ter “pelo menos quatro jornalistas a tempo inteiro”, precisamente para “defender a criação de mais postos de trabalho”.