A sessão plenária de hoje na Assembleia Legislativa Regional iniciou-se com uma intervenção do deputado social democrata Paulo Freitas, que aproveitou para contrariar as acusações feitas ontem pelo CDS à situação social na Região, responsabilizando pessoalmente a secretária regional da Inclusão e dos Assuntos Sociais,  Rubina Leal, por elevadas taxas de desemprego, e por números preocupantes de pobreza e de aumento do recurso das famílias ao apoio alimentar. Paulo Freitas denunciou a “manipulação de factos” por parte dos centristas, referindo aspectos positivos como obras de requalificação no Lar da Bela Vista, e salientando a “trajectória de relativa estabilidade” que se tem verificado numa série de situações sociais complexas,  incluindo a evolução da população à ajuda em alimentos.

“Os dados relativos ao apoio alimentar têm de ser analisados nos seus contextos próprios”, defendeu. A este respeito,  referiu que o CDS baseou os seus números em dados do Banco Alimentar contra a Fome, que lida com as instituições particulares de solidariedade social,  não podendo ser consideradoa todos os utentes das mesmas como pessoas a necessitar de auxílio alimentar efectivo e regular. “Os números não podem ser interpretados da mesma maneira”, disse.

Referindo-se também ao quadro negro traçado ontem pelo CDS no que diz respeito às taxas de alcoolismo e de reincidência no álcool, contrariou mais uma vez os mesmos,  dizendo que a Madeira “tem hoje a taxa de reincidência alcoólica mais baixa do país”. No Alentejo, alegou, a mesma é muito maior.

O social-democrata deplorou como ontem,  antes das interrupções dos trabalhos parlamentares causados pelo deputado trabalhista José Manuel Coelho,  o CDS chegou a “responsabilizar Rubina Leal pelas mortes que ocorreram” no contexto das catástrofes decorrentes dos últimos incêndios. Não se alongou nesta matéria,  pois disse que o deputado do PSD Carlos Rodrigues já ontem fizera a defesa suficiente da Secretária.