Doris Mitchell expõe na Galeria dos Prazeres a partir do dia 13

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Uma exposição de Doris Mitchell será inaugurada no dia 13 de Janeiro de 2017, pelas 19 horas, na Galeria dos Prazeres. A mostra intitula-se “O Puro e o Céladon” e nela esta artista de origem alemã apresenta um conjunto de peças de porcelana.

Segundo a informação que nos foi facultada, Doris Mitchell trabalha exclusivamente com este material desde 1987. Primeiro com porcelana de osso, por causa da sua grande translucência, mas, sobretudo, com porcelana de pasta dura. Tem-se inspirado nas formas clássicas chinesas, mas também gosta de mudar uma forma atirada na roda do oleiro, explorando a suavidade da argila antes da queima no forno.

Todas as peças vidradas desta exposição, refere um texto alusivo, foram produzidas na roda de oleiro. Às vezes, o recipiente é forçado a sair da sua forma perfeitamente redonda assim que a roda pára. É o diálogo com a argila muito macia que é emocionante, sublinha esta criadora.

Ainda que os navios portugueses, espanhóis, holandeses e ingleses importassem milhares de peças em porcelana desde o século XVI, o processo de fabrico da porcelana permaneceu um mistério na Europa, sendo descoberto somente em 1708 em Meissen, na Alemanha. A porcelana é preparada a partir de uma mistura de caulim, feldspato e quartzo.

A China é, pois, detentora da maior tradição mundial no fabrico de cerâmica. Com a invenção da roda de oleiro, que os chineses reivindicam para si, o aperfeiçoamento da cerâmica produziu-se no segundo milénio a.C.. Já na dinastia “Han”, 206 a.C. – 220 d.C., a porcelana, uma variedade de cerâmica dura, impermeável e resistente, branca e por vezes translúcida, surgiu na China, refere uma nota de imprensa.

Formada pela decomposição de rochas, a argila pode ser encontrada próximo de rios, muitas vezes formando barrancos nas margens. Apresenta-se em diversas tonalidades: branca, amarelada ou avermelhada. As argilas possuem inúmeros usos, mas são largamente empregadas na cerâmica.

Doris Mitchell, que nasceu e cresceu na Alemanha, vive em Inglaterra e na Madeira, é referido. Fez a licenciatura BA Hons em design tridimensional, especializando-se em cerâmica no Ravensbourne College of Art and Design, no sul de Londres.
Em 1987, fundou o seu próprio estúdio. Expôs o seu trabalho em várias galerias em Inglaterra e também na Alemanha.

Doris Mitchell não usa um forno eléctrico, mas sim a gás, porque é necessária uma chama para produzir o esmalte clássico chinês, o Céladon. Tudo é queimado a 1285 °C e é impermeável.