Saques, violência e falta de notas afetam Venezuela

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Maduro vai manter notas de 100 bolívares em circulação até janeiro.

A situação na Venezuela está bastante explosiva, agravada com a chegada da época natalícia e com a tensão s subir nas ruas, causando enorme apreensão à larga comunidade madeirense radicada naquele país.

Há já alguns anos que o cenário político e económico daquele país tem vindo a degradar-se progressivamente, ao ponto de atingir patamares impensáveis, até mesmo para quem fazia as más negras previsões de futuro. De facto, notícias que chegam de fome nas ruas e os saques que se sucedem, em parte é certo pela delinquência que aproveita estes momentos mais frágeis para atos de índole criminal, não são propriamente um “cartão de visita”, nem tão pouco uma esperança para quem tem ali a sua vida e, de repente, não pode abandonar o país e tudo aquilo que ali construíu.

Nestes dias que antecedem o Natal, o cenário agravou-se consideravelmente. Faltam notas, o povo está na rua, acontecem saques todos os dias, em lojas de produtos alimentares, mas também em lojas de roupa.

Face aos episódios cada vez em maior número, Maduro veio dizer que as notas de cem bolívares (que tinha mandado suspender no domingo alegando que as mafias estrangeiras estariam a armazená-las) vão continuar a circular até 2 de janeiro, observando também que as fronteiras com Brasil e Colômbia mantêm-se fechadas até à mesma data.

“Decido prolongar a validade das notas de 100 bolívares (cerca de 0,15 euros) para circulação, comercialização e atividade económica legal”.

O inimigo externo e a oposição interna têm sido ventilados por Maduro como sendo responsáveis pelos atos de violência.

A verdade é que a comunidade madeirense está sob tensão há algum tempo, consciente que o país de progresso de outrora, pode colapsar com estes constantes episódios de insegurança que se vivem diariamente em vários pontos do país. Um dos últimos acontecimentos mais graves ocorreu na terça-feira, dia 14 de dezembro, onde duas pessoas morreram e 25 ficaram feridas em saques na cidade de Cumaná, capital do Estado de Sucre.