MPT-M toma posição sobre a “pílula do dia seguinte”

mptA falta de regulamentação para a comercialização da “Pilula do Dia Seguinte”, faz deste fármaco, um dos mais vendidos na Região.

O MPT Madeira tem a certeza que este medicamento foi criado para ser tomado por mulheres em casos muito especiais. Tanto a Ordem dos Médicos, Enfermeiros e Farmacêuticos já vieram a público fazer alertas sobre o consumo elevado deste medicamento.

Verifica-se que este medicamento pode ser adquirido em qualquer farmácia, sem prescrição médica e nas quantidades que bem se entender.

Numa sociedade pouco esclarecida e sem conhecimento dos vários riscos com a ingestão de determinados medicamentos, é com total surpresa que a maioria das pessoas recorram à Pilula do Dia Seguinte, após terem tido relações sexuais sem qualquer proteção. Tornou-se num medicamento Self-Service que as mulheres têm andado a tomar, quase da mesma forma que se respira.

A facilidade em tomar esta decisão de tomar a Pilula do Dia Seguinte, por tudo e por nada, tornou-se tão banal que as mulheres se esqueceram que a toma desta pilula pode causar a infertilidade permanente.

Mais tarde, quando querem constituir família, deparam-se com graves problemas em engravidar e recorrem ao Serviço Nacional de Saúde e outros para programas de fertilização que custam milhares de euros ao erário público. O MPT Madeira constata que existe uma lacuna que roça a incompreensão lógica, porque desde a tomada da Pilula do Dia Seguinte, até aos programas de fertilização, alguma coisa não bate certo, uma vez que a primeira previne, mas também, pode inviabilizar a possibilidade de engravidar mais tarde.

Para o MPT Madeira, este medicamento só poderia ser adquirido através de prescrição médica e sempre com nome e contribuinte da utente que necessite do mesmo. Esta seria a forma para podermos ter a noção da quantidade de vezes que uma mulher recorre a este fármaco muito agressivo e neste sentido, os médicos e enfermeiros pudessem dar mais informação sobre os malefícios da ingestão desregrada do mesmo.

Aqui estamos a falar essencialmente de saúde, nomeadamente, nos modelos assertivos que devemos ter, para que todos possam ter comportamentos minimamente aceitáveis e compreensíveis.

Todos somos responsáveis pelo nosso organismo e neste sentido só devemos tomar medicamentos em último caso ou em casos especiais.