*Com Rui Marote

Quem estaciona nos parcómetros do Funchal – sendo a outra alternativa os parques de estacionamento, já que lugares grátis, esses são poucos e afastados do centro – tem de se preocupar com tudo e mais alguma coisa. A PSP tinha, aparentemente, ‘acalmado’, em tempos mais recentes, na fiscalização das viaturas que excediam o tempo. De qualquer modo, a verba proveniente das multas não revertia para a empresa exploradora do serviço de párcometros, mas para o Estado.

Entretanto, a PSP deixou supostamente de fiscalizar tanto os parcómetros, passando essa fiscalização a ser feita pelos funcionários da empresa exploradora dos mesmos, que exigia um valor razóável pelo não cumprimento. Pelo menos, ambas as exigências, a da multa policial e a cobrança da concessionária dos parques pelo tempo excedido, já não eram feitas as duas ao mesmo tempo.

Entretanto, a aplicação I Park entrou em funcionamento. E permitia às pessoas pagar através do Multibanco ou até Internet, quando excediam o tempo. Os funcionários da concessionária podiam verificar se o tempo excedido já tinha sido pago, com os seus aparelhos.

Mas a PSP, que entretanto voltou a multar mais assiduamente os infractores dos parcómetros, não consegue ver se o cliente já pagou mais dinheiro através da I Park ou não. Só vê que o tempo do ticket posto no veículo foi excedido, e multa.

Por isso, há cerca de um mês e meio que o sistema I Park está suspenso.

A Polícia tem toda a legitimidade para multar. Só não se sabe se foi a CMF a pedir mais actuação da Polícia, como não se sabe para onde vai o dinheiro das multas. Para a empresa concessionária é que não vai.