O BE dedicou o domingo ao contacto com as populações no Estreito de Câmara de Lobos, com o objectivo dos deputados do grupo parlamentar do partido darem conta aos cidadãos da actividade que têm desenvolvido na Assembleia Legislativa Regional.

Rodrigo Trancoso disse aos jornalistas que os deputados do BE estiveram a falar com as pessoas, a dar conta de algumas propostas que entretanto já apresentaram, nomeadamente a reposição do subsídio de insularidade aos funcionários públicos, a atribuição de um complemento de pensão para os pensionistas mais carenciados e também uma majoração ao salário mínimo a nível regional.

Estas três medidas, apresentadas pelos deputados do Bloco na Assembleia Regional, foram todavia chumbadas pela maioria PSD, e foram depois reapresentadas, no âmbito da auscultação que o secretário regional das Finanças está a fazer aos partidos da oposição, no âmbito da auscultação relativa à elaboração do Orçamento da Região.

Apesar das medidas terem sido de novo apresentadas ao governante, o feedback do Governo Regional foi o de que, dada a indefinição actualmente existente a nível nacional, por não haver um governo legitimado e formalmente empossado, a elaboração do Orçamento da Região também está muito condicionada, face às indefinições e incertezas.

Rodrigo Trancoso criticou, pois, a postura de Cavaco Silva. O presidente da República, disse, tem na sua posse a faculdade de indigitar um novo governo. “Não compreendemos as razões deste atraso”.

O deputado lamentou o protelar da situação, que prejudica a estabilidade que Cavaco Silva “tanto apregoa”.

A postura do presidente, afirmou, está, neste final de mandato, a envergonhar e descredibilizar o cargo que ostenta. “Está a ser o presidente só duma franja dos portugueses”, denunciou, o que é “inaceitável”.