BE quer escolas públicas gratuitas e promotoras de igualdade

be

A candidatura do Bloco de Esquerda às próximas eleições legislativas deslocou-se hoje à Universidade da Madeira, onde o candidato Paulino Ascensão destacou a importância da educação,”para o desenvolvimento, o progresso, a evolução, para termos empregos de qualidade termos gente qualificada, produção científica, reconhecimento do país ao nível internacional”.

É por isso, explicou, que o BE defende uma escola e uma universidade públicas, universais e gratuitas, Deu como exemplo a Finlândia, onde, afirmou, está hoje o melhor sistema de ensino do mundo, e funciona assim, gratuito, sem propinas, sem escolas privadas. E é o que está melhor cotado, com os melhores índices, ao nível mundial.

Paulino diz que tem assistido nos últimos anos a um retrocesso: estamos a voltar à escola do antigamente, uma escola para ricos com todas as condições, e uma escola para pobres, a escola pública, de menor qualidade, porque o Estado tem retirado dinheiro às escolas públicas verba, para entregar às escolas privadas que apoia. Nas mesmas localidades servidas por escolas públicas, estão a ser contratualizados apoios a escolas privadas, que recebem, por aluno, mais do que a escola pública. Isto é absurdo e inaceitável”, criticou.

Por outro lado, criticou os exames a que as crianças são submetidas no primeiro e segundo ciclos, aos 10 e 12 anos: só há outro país onde isso acontece na Europa, a Áustria. Ora, em vez de se fomentar a criatividade, o saber, treinam-se as crianças apenas para passar no exame, submetendo-as a um stress que não faz sentido.

Falando sobre a retenção no ensino básico, considerou-a um sistema de segregação.

Para o BE, a escola deve fomentar verdadeiramente uma igualdade de oportunidades, e não a segregação. Por isso, apelou, “votem no BE para reforçar a igualdade a a gratuitidade no acesso à educação”.