UMa com mais 10% de entradas de alunos e a lutar contra as dificuldades financeiras

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O Reitor, o professor Catedrático, José Carmo, espera que o governo facilite o funcionamento da Universidade. Foto: guia-do-aluno/site UMa.

A Universidade da Madeira continua o seu percurso de formação superior com uma procura crescente por parte dos estudantes. Em entrevista ao FN, o Reitor revela um acréscimo de 10% nas entradas, nesta primeira fase de candidaturas, relativamente ao ano anterior.

A instituição de ensino superior que nasceu na Madeira a  13 de Setembro de 1988 luta para que nenhum aluno deixe de fazer a sua formação por falta de dinheiro. No entanto, o professor catedrático José do Carmo, admite a este jornal on line que esta é a sua principal preocupação: as dificuldades financeiras e a sombra de estas poderem eventualmente afetar pessoal e renovação de equipamentos e infraestuturas. Uma luta constante.

Funchal Notícias – O que espera a UMa neste ano letivo?

José do Carmo – Em relação ao Governo, deseja-se que não venha a haver cortes aos orçamentos das universidades, em geral, e da Universidade da Madeira em particular, e que se tomem medidas que facilitem o funcionamento das universidades (como o permitir que o recurso à plataforma de compras públicas seja de cariz voluntário) em vez de se cercear cada vez mais a sua autonomia.

Em relação aos estudantes, que nenhum estudante deixe de tirar um curso superior por razões financeiras e que o número de estudantes da UMa cresça, acompanhando o esforço que a instituição tem feito no sentido de garantir que todos os seus cursos têm qualidade e que estão acreditados.

Em relação aos docentes, que seja possível melhorar cada vez mais as suas condições de trabalho e diminuir a carga burocrática a que estão sujeitos, de modo a que se possam dedicar totalmente às suas tarefas de formação, investigação e serviço à sociedade, contribuindo para que a Universidade reforce o seu papel indispensável no desenvolvimento social, cultural e económico do País e da Região, em particular.

FN – Qual é a principal preocupação da Reitoria neste momento?

JC – Que as dificuldades financeiras ponham em causa a manutenção e renovação dos recursos humanos, bem como a conservação e preservação dos equipamentos e edifícios.

FN – Qual é o total de alunos para 2015/2016, em comparação com o ano anterior?

JC – Ainda não estamos em condições de indicar qual o total de alunos inscritos para o ano letivo de 2015/16, pelo que não o podemos comparar com o do ano anterior.

De qualquer forma, no que respeita à primeira fase do Concurso Nacional de Aceso, neste ano de 2015/16, o número de colocações foi superior ao de 2014/15 em mais de 10%, e houve mais 20% de alunos, do que no ano anterior, que puseram cursos da nossa Universidade como primeira opção.

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Cada vez mais alunos procuram a UMa. Estes alunos frequentam já esta instituição. Foto facebook UMa.

FN – Qual o ponto da situação em relação ao número de alunos a fazer mestrados?

 JC – Na primeira fase, o número de colocados é da mesma ordem de grandeza do que nos dois anos anteriores. A segunda fase encontra-se em conclusão.

FN – Acredita que a sociedade ainda valoriza um licenciado?

JC – Não tenho qualquer dúvida.Todos os estudos apontam para a vantagem de ter formações superiores quer na obtenção de emprego, quer na remuneração auferida, quer na capacidade de adaptação às mudanças científicas e tecnológicas.

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A reitoria continua a investir na formação superior como a grande aposta de formação dos jovens.