Está dada como certa a substituição do atual chefe de redação do Jornal da Madeira. Trata-se mais propriamente de um regresso. Miguel Ângelo, que há cerca de um ano havia sido afastado por Alberto João Jardim do cargo, irá brevemente substituir Miguel Fernandes naquelas funções.
Não foi avançada uma data oficial para a transferência de chefias, até porque Miguel Fernandes se encontra de férias até meados deste mês, mas é já garantido o regresso do jornalista que há cerca de um ano terá desagradado o anterior presidente do governo devido a uma alegada série de erros cometidos em algumas edições do JM.
Miguel Fernandes, que entretanto ocupou o lugar de Miguel Ângelo como chefe de redação, nunca conseguiu congregar o consenso no seio da equipa de jornalistas. Terá antecipado as férias por se sentir “desiludido” com as incertezas que pairavam sobre o seu futuro no cargo, isto depois das anunciadas mudanças previstas para setembro, altura em que o JM deixará de ser gratuito e passará a ter um preço de capa de cerca de 70 cêntimos.
Também na linha das mudanças, no âmbito do processo de reestruturação do JM, estaria o cargo de diretor. Marsílio Aguiar, jornalista da casa, chegou a ser sondado pela tutela em julho no sentido de saber da sua disponibilidade para ficar no lugar de Henrique Correia, mas a verdade é que até agora o assunto se mantém em zona cinzenta. Tal como Miguel Fernandes, a saída de Henrique Correia da direção do JM seria vista com bons olhos pela atual administração, atendendo aos ordenados auferidos, muito acima da média daquilo que recebem os restantes profissionais da casa. Neste caso, porém, o processo é mais complicado. A situação de Henrique Correia está blindada pelo contrato que o liga ao cargo de diretor até 2017, o que implicaria uma indemnização avultada em caso de rescisão unilateral e antecipada. Por outro lado, à luz do pacto social da empresa, a nomeação do diretor é da competência da Diocese que ainda não se pronunciou sobre a matéria.