Quando os arraiais eram vividos com uma religiosidade pura

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Foto DR.

A imagem que fizeram chegar ao FN fala mais alto do que as palavras. Reporta-se a tempos, não muito distantes, em que o povo vivia uma religião genuína e sentida, desde o mais novo da casa até ao sénior. Naqueles domingos, de procissão em honra do Santíssimo, quando os fiéis engalanavam as ruas com os tapetes de flores, também as crianças se vestiam em rigor para a festa, numa simbiose perfeita entre o sagrado e o profano.

Ricardinho é o nome da criança que é protagonista desta imagem da nossa terra. Os arraiais eram vividos com alma por pequenos e grandes numa expressão autêntica de devoção e de valores que hoje faz falta incutir. Bem se pode dizer que cada vez mais há arraiais por toda a ilha e quão rijos e participados eles são. Mas ter-se-á perdido um pouco desta religiosidade pura, deste sentimento necessário e marcante para prevalecer apenas a festa profana. Eles são os Dj’s, s boys e girls band’s, as Vespas all nignt long e outros aperitivos dos novos tempos. Sem dúvida também necessários e salutares. Mas que é feita da educação religiosa e da sua vivência autêntica nos arraiais que marcou gerações de meninos e meninas, fermento de valores para a vida? Também eles viviam a parte profana da festa, mas havia lugar para tudo. Algo se perdeu ou deixou de ser mais evidente, e é pena.