Festival Raízes do Atlântico anima Jardim Municipal de 16 a 18 de julho

Eduardo Jesus destacou o contributo do Festival na ligação entre turismo e cultura.
Eduardo Jesus destacou a transversalidade do Festival, abrangendo o turismo e a cultura.

A 16ª edição do Festival Raízes do Atlântico sobe ao palco a 16 de julho, dando início a três dias de espetáculos, onde a lusofonia será o elo comum às vozes que marcam presença este ano no Jardim Municipal. Xarabanda, Vitorino e a cabo-verdiana Nancy Vieira são alguns dos nomes de cartaz. 

O Festival Raízes do Atlântico volta este ano a animar as noites de verão, no Jardim Municipal. São três dias de espetáculos, seis concertos com artistas e grupos de renome e sonoridades distintas, oriundas de várias partes do mundo onde se partilha a lusofonia. O grupo Xarabanda, mentor do projeto, fará as honras de abertura do festival. O evento, cuja produção foi adjudicada à Edicarte pelo montante de 95 mil euros, durante o biénio 2014/15, terá ainda a particularidade de promover a reflexão e o debate em torno de matérias relacionadas com a música tradicional madeirense.

Nas palavras do secretário regional da Economia, Turismo e Cultura, o festival permitirá “trazer o mundo cá dentro e levar a Madeira ao mundo”, através da música e dos sons, distinguindo-se pelo seu caráter de fusão de culturas.

Em conferência de imprensa, esta terça-feira, para apresentação do programa, Eduardo Jesus destacou o contributo desta iniciativa na mudança de paradigma . “A lógica associada ao turismo passa a assentar no trinómio mar, serra e cultura”, detalhou, realçando o festival como um dos principais eventos culturais da Região

De acordo com responsável pela SRETC, a entidade organizadora, o festival complementa a oferta que a Madeira tem prevista para o mês de julho, destacando-se pela sua transversalidade e versatilidade. “É o seu caráter de fusão, entre a música tradicional madeirense e as sonoridades da lusofonia, que diferencia este produto e o destino Madeira”, sublinhou Eduardo Jesus, que garantiu a continuidade do festival atendendo à estratégia de enriquecimento cultural definida pelo atual executivo, a par da promoção turística e económica. Quanto ao calendário, o governante explicou que se trata de uma matéria a rever anualmente.

festival raízes do atlântico
A edição deste ano traz à Madeira vozes e sonoridades do Brasil, de Angola e do cante alentejano.

Durante a apresentação dos artistas e agrupamentos presentes na edição 2015, a subdiretora regional da Cultura realçou o trabalho do grupo Xarabanda na pesquisa e sistematização do cancioneiro popular  de tradição oral da Região, um projeto que deverá ser apresentado brevemente em livro. Carina Bento não quis também deixar também de sublinhar as participações de Vitorino, um ícone e uma voz proeminente do cante alentejano, e da cabo-verdiana Nancy Vieira, por muitos já considerada a nova Cesária Évora. As sonoridades do Brasil e Angola estarão representadas através do grupo Raspa de Tacho e da cantora Aline Frazão. O grupo C’azoada apresentará o seu projeto musical que, tendo como base a música tradicional madeirense, é marcado todavia por diferentes conceções e estilos musicais.

Fora do palco do Jardim Municipal, o festival tem início já a 14 de julho com uma reflexão sobre o panorama musical regional, um encontro que contará com a participação dos grupos  Banda d’Além, Xarabanda, C’azoada, MedioAtlantico e Flores de Maio. A 15 de julho será a vez de Paulo Esteireiro apresentar a conferência “Como compor para os cordofones tradicionais madeirenses em estilos atuais”. Ambos os encontros terão lugar na Direção Regional de Educação Artística e Multimédia, na Levada, a partir das 10h00.

Também a 15 de julho, o grupo Camachofones fará uma exibição de caráter promocional do festival na Avenida Arriaga, a partir da 15h00.

Relativamente aos concertos, o programa é o seguinte:

16 jul. – Xarabanda (21h00) e Vitorino (22h30)

17 jul. – C’azoada (21h00) e Nancy Vieira (22h30)

18 jul. – Raspa de Tacho (21h00) e Aline Frazão (22h30)

O XVI Festival Raízes do Atlântico está integrado no projeto “Festivais Culturais da Madeira” e é comparticipado por fundos comunitários (Intervir+), sendo organizado pela SRETC, através da Direção Regional de Cultura, e produzido pela Edicarte.